Marta Minujín, artista conceitual argentina, instalou em junho na Alemanha sua mais nova criação arquitetônica: uma réplica do Partenon construída com mais de 100.000 cópias de livros banidos.
The Parthenon of Books, como é chamada a peça, faz parte da exibição de arte “Documenta 14” que acontece durante 100 dias na Alemanha, e pode ser contemplada na cidade de Kassel.
Minujín liderou uma pesquisa com estudantes da Universidade de Kassel em busca de obras que foram banidas em várias instituições ao longo da história.
O grupo identificou 170 títulos de escritores como Boris Pasternak, Truman Capote, Franz Kafka, Bertolt Brecht, George Orwell, e tantos outros gênios que proveram o conhecimento, uma arma poderosa tão temida pelos censuradores.
A primeira versão da construção havia sido apresentada em uma praça de Buenos Aires em 1983, erguida com 25.000 títulos censurados pelos militares argentinos.
Em ambas, a artista promoveu a participação em massa, onde o público pôde doar exemplares para construir o edifício. É através dessas ações artísticas que Minujín celebra a democracia, sobretudo do conhecimento.
Não à toa, essas fontes de sabedoria tão temerosas se encontram embaladas em plástico transparente para ressaltar seus títulos, e reconstituem um edifício remanescente da Grécia Antiga, o qual é forte símbolo da democracia.
Para ainda enfatizar essa mensagem, The Parthenon of Books está localizado onde os Nazistas queimaram mais de 2.000 livros.
100.000 livros banidos constroem uma réplica de Partenon
Acesse aqui a lista completa das obras banidas.