Erich Fromm foi um respeitado psicólogo social, filósofo e sociólogo alemão que viveu durante os primeiros 80 anos do século 20. Seu livro mais popular é “A Arte de Amar”, de 1956, no qual ele investiga a natureza do amor e define que, entre outras bases que sustentam a capacidade de amar alguém, uma é a de ouvir o outro.

Fromm defendia que o ser humano não apenas exige de necessidades físicas, mas também psíquicas, que são enraizadas em sua existência e inerentes aos homens de todas as épocas.

Assim ele lançou uma nova perspectiva sobre o ser humano, concluindo que o amor, trabalho, cooperação, arte e alegria de viver são pilares de uma natureza humana sadia.

“A saúde mental se caracteriza pela capacidade de amar e criar, pela libertação dos vínculos incestuosos com o clã e o solo, por uma sensação de identidade baseada no sentimento de si mesmo como o sujeito e o agente das capacidades próprias, pela captação da realidade interior e exterior, isto é, pelo desenvolvimento da objetividade e da razão.”

O filósofo trata especialmente da essência da comunicação em seu livro “A Arte de Ouvir”, pulicado postumamente em 1994, sendo uma adaptação de um seminário que ele participou na Suíça, em 1974.

Ouvir é um dos elementos fundamentais para uma boa comunicação. Ao conceder a fala ao outro, nos mostramos dispostos a uma comunicação verdadeira e de confiança mútua. E, apenas assim podemos conhecer profundamente outra pessoa. Além de ser uma boa fonte de aprendizado, tanto para desenvolver a empatia.

Abaixo você confere algumas regras básicas para ser um bom ouvinte, onde Fromm enquadra a escuta como uma arte de lidar com quem está vivo.

6 regras de Erich Fromm para aprender a ouvir o outro

 

  1. A regra básica para praticar essa arte é a concentração completa do ouvinte.
  2. Nada importante deve estar em sua mente, o ouvinte deve estar devidamente livre de ansiedade, bem como da ganância.
  3. Ele deve possuir uma imaginação que trabalhe livremente e que seja suficientemente concreta para ser expressa em palavras.
  4. Ele deve ser dotado de uma capacidade de empatia com outra pessoa e deve ser forte o suficiente para sentir a experiência do outro como se fosse sua.
  5. A condição para tal empatia é uma faceta crucial da capacidade de amar. Entender o outro, significa amá-lo – não no sentido erótico, mas no sentido de alcança-lo e de superar o medo de se perder.
  6. Compreender e amar são inseparáveis. Se eles são separados, se trata de um processo cerebral e a porta para a compreensão essencial permanece fechada.

Independente da época ou cultura em que vivemos, é necessário aprender a ouvir para que possamos compreender as mentes dos outros como as nossas próprias.

Afinal, a sobrevivência da humanidade sempre dependeu disso.

 

[Com informações de: Brain Pickings]

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