O anime Wind Breaker estrou recentemente na Crunchyroll e, sendo muito honesto, sua proposta, personagens e cenas de ação me surpreenderam logo de cara. No 1º episódio, eu já estava completamente envolvido na trama e queria saber o que aconteceria com o protagonista Sakura e seus colegas da nova escola: Bufurin.
O personagem se muda para um bairro diferente no Japão e se matricula em uma escola que dizem estar repleta de delinquentes. Seu objetivo é um só: alcançar o topo dela e ser reconhecido como o “mais forte” de todos eles. E, para isso, ele precisa cair na porrada com as maiores figuras de lá, obtendo o respeito de todos.
A virada em Wind Breaker
Onde que isso passa a se tornar interessante em Wind Breaker? No momento em que temos um baita plot twist logo no primeiro capítulo: os delinquentes do Bufurin existem, mas não são uma ameaça para a sociedade. Na verdade, pelo contrário, eles ajudam a população e os protegem de escolas rivais – além de prestar serviços comunitários, se tornando essenciais na vizinhança.
E é aí que a casa de Sakura cai de vez. Para se tornar respeitado e atingir o topo da escola ele não precisa encher as mãos de sangue nem ser uma pessoa desprezível. Muito pelo contrário, todos se apresentam como pessoas de índole boa, motivados a serem um escudo da criminalidade e das más intenções ao redor de sua área.
Claro, caros leitores, isso não remove o fator “pancadaria” de Wind Breaker, mas a proposta por si só é um grande diferencial para chamar a atenção. Não só por reverter as expectativas do protagonista, mas também para aprofundar ainda mais a relação entre os personagens e moradores/comerciantes do local.
E a partir disso que vemos um verdadeiro desenvolvimento intrigante para todos eles. Todos os membros de sua sala são “fortes lutadores”, porém ele não atingirá seu objetivo os desafiando – mas sim obtendo seu apoio para as causas que eles priorizam. E assim não reforçam apenas os laços de amizade, mas também um forte senso de justiça.
Um anime cheio de nuances
O que se destaca mais em Wind Breaker, no entanto, é a composição de suas cenas de ação. Os confrontos parecem sair de pessoas que estudaram diversos estilos de artes marciais diferentes, trazendo um para cada personagem e mostrando o quanto esta distância de comportamento e ideais pode aproximar todos.
A animação não tem uma falha neste quesito, comigo ousando dizer que só perde para algumas cenas que vi em Kaiju no.8 e Kimetsu no Yaiba nesta temporada de animes. Mesmo sem poderes, objetos mágicos e afins, o simples uso de socos e chutes atinge um patamar bem alto nesta categoria e merece sua atenção.
Há um arco de torneio logo na primeira temporada de Wind Breaker, responsável por mostrar mais das principais figuras do Bufurin e de uma de suas escolas rivais. Isso é muito importante para ressaltar as motivações de cada um perante seus semelhantes, mas acredito que poderia ter sido encurtado para não cair em algumas repetições do tipo – luta, flashbacks, emoções aflorando e fim do embate.
Mesmo sendo um ponto baixo, o restante da obra foi muito positivo para mim e o seu fim me deu ainda mais empolgação para continuar em uma futura segunda temporada. Já foi confirmado que a sequência será produzida, então recomendo que assista ao que está disponível para não ficar para trás – já que você, com certeza, voltará a ouvir sobre este desenho futuramente.
Wind Breaker tem todos seus episódios da primeira temporada disponíveis na Crunchyroll. Veja mais em Críticas de Séries!