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Trump impõe tarifas absurdamente altas em painéis solares asiáticos

A administração Trump acaba de anunciar tarifas exorbitantes sobre painéis solares fabricados no Sudeste Asiático – valores tão altos que chegam a causar espanto. Segundo informações da CNN e outros veículos, os Estados Unidos pretendem aplicar taxas de até 3.521% (sim, você leu corretamente) em células e painéis solares provenientes de Camboja, Tailândia, Malásia e Vietnã. Esses países abrigam empresas chinesas acusadas de concorrência desleal no mercado americano.

A justificativa oficial é proteger as empresas norte-americanas contra supostas práticas de “dumping” – quando produtos são vendidos abaixo do custo de produção para dominar o mercado. No entanto, essas tarifas extremas parecem refletir mais a intensificação da guerra comercial de Trump contra a China do que um esforço genuíno por energia limpa acessível.

No ano passado, empresas como a sul-coreana Hanwha Qcells (com operações na Geórgia) e a americana First Solar pediram ao governo Biden medidas contra as empresas chinesas, alegando que seus preços artificialmente baixos prejudicavam a indústria local. Embora a administração Biden não tenha agido com rapidez, a resposta desproporcional de Trump revela sua postura agressiva nas relações comerciais – e seu histórico desinteresse pelas energias renováveis.

No Texas, estado tradicionalmente conservador mas líder em energia limpa, desenvolvedores já enfrentam incertezas que atrasam projetos. Michael Timberlake, do grupo ambiental E2, alerta: “Se essa incerteza de mercado desnecessária continuar, veremos mais projetos pausados, construções interrompidas e empregos perdidos”.

Essas tarifas astronômicas não só dificultam a transição energética nos EUA, como demonstram como medidas protecionistas extremas podem acabar sabotando setores estratégicos – tudo em nome de uma disputa comercial que parece mais sobre política do que sobre economia real. Enquanto isso, o custo da energia solar para consumidores americanos tende a disparar, contradizendo o discurso de proteção aos interesses nacionais.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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