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Spotify Exclui 75 Milhões de Músicas Spam em Ação Contra Abuso de IA

Em uma das maiores operações de moderação de sua história, o Spotify removeu mais de 75 milhões de faixas de sua plataforma na última semana. A grande maioria era composta por músicas geradas por inteligência artificial de baixa qualidade ou conteúdo spam, carregado em massa para inflar estatísticas ou desviar royalties de artistas legítimos.

A medida, anunciada em 25 de setembro, reflete a crescente preocupação da plataforma com o uso indevido de ferramentas de IA generativa. Muitas das faixas excluídas tinham pouquíssima ou nenhuma reprodução, indicando que foram criadas com fins puramente oportunistas, e não artísticos.

A partir de agora, o Spotify está implementando um sistema mais rigoroso para coibir esse tipo de conteúdo. Novos filtros anti-spam detectam automaticamente uploads em massa sem engajamento, e todas as músicas criadas com IA deverão ser claramente identificadas como tal. Metadados, como nome do artista e tags, também serão mais fiscalizados para evitar informações enganosas.

Em comunicado, a empresa destacou que não é contra o uso criativo de IA, mas sim contra abusos que prejudiquem a experiência do usuário e a descoberta de artistas reais. “Apoiamos a liberdade criativa, mas combatemos ativamente o mau uso da IA por ‘fazendas de conteúdo’”, afirmou a plataforma.

A indústria musical como um todo tem debatido os limites éticos da IA, especialmente em relação a direitos autorais e originalidade. A ação do Spotify é um passo significativo para tentar equilibrar inovação e integridade artística.

Artistas independentes que usam IA de forma ética receberam a notícia com cautela, temendo que seus trabalhos sejam removidos por engano. O Spotify prometeu diretrizes mais claras e ferramentas de recurso para evitar remoções injustas.

A longo prazo, a plataforma planeja ampliar a transparência, com painéis informativos para ouvintes e criadores, além de parcerias com entidades de direitos autorais. O objetivo é claro: manter a confiança no ecossistema musical, mesmo em tempos de revolução tecnológica.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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