Após um impactante primeiro capítulo, A Casa do Dragão volta suas atenções para as consequências da morte de um príncipe – mostrando como os dois lados levam o assassinato e o que virá a partir daí. Se vimos a dor de Rhaenyra no episódio anterior, neste vemos Alicent, Aegon e Helaena em seus respectivos lutos.

É importante levar em consideração que este se voltou às nuances dos eventos que tivemos até aqui – com alguns deles sendo bem importantes para o que veremos a partir daqui e que realçam ainda mais a figura de alguns personagens. Além disso, também desafia alguns relacionamentos dentro da trama.

Relações em A Casa do Dragão

Os Hightower estão em crise em A Casa do Dragão, com a morte do pequeno príncipe demonstrando as vulnerabilidades de cada um. Do descontrole de Aegon, as obrigações que Alicent e Helaena precisam cumprir e até a posição de Otto como Mão do Rei são colocadas em discussão e trazem uma grande onda de incertezas para todos eles – sem exceções.

Não citarei spoilers aqui do que acontece, mas cada cena deles impacta bastante nos relacionamentos que tinham até aqui. Particularmente falando, a falta de apoio ao choro de Aegon foi uma das principais diferenças que vemos entre eles e os Targaryen que seguem escondidos. Aemond também demonstra ainda mais camadas, tornando ele em um dos personagens mais interessantes de toda a série.

Já do outro lado, Rhaenyra tenta se desfazer da imagem de “Assassina de Crianças” que obteve, graças a Daemon. Devo destacar a discussão de ambos, que ocorre em portas fechadas, como um dos pontos mais altos do segundo episódio. De toda a raiva contida, as verdades que foram guardadas por tanto tempo, o temor…ali tudo ficou claro e ambos demonstram de forma muito honesta que precisam de tempo.

Devo citar que os demais ambientes também foram muito bem-construídos. Os arredores de ambas as bases, com a população e personagens importantes reagindo a tudo aquilo. Destaco aqui dois momentos, o momento com os “assassinos” que traz muito impacto – incluindo a parte dos caçadores de ratos – e o discurso de Mysaria. Ambos foram tão brilhantes quanto os próprios núcleos da série.

O caminho para a decadência

Algo que notei em A Casa do Dragão e se mostra cada vez mais relevante é na posição de poder que muitos personagens tem, derrubando ainda mais a posição de liderança que Rhaenyra e Alicent/Aegon deviam manter. Aemond decide sozinho matar Lucerys, Daemon decide sozinho matar o filho de Aegon – caso Aemond não seja encontrado, Criston Cole decide sozinho enviar um de seus soldados para a base inimiga…causando mais confusão do que o habitual.

Não que eu não tenha gostado do episódio e do rumo que a série está seguindo, me agrada e muito. Todo o cenário de embate entre os gêmeos, por exemplo, foi um outro ponto que gostaria de destacar aqui como bem-produzido. Porém, a posição de ambos os lados e suas forças estão se enfraquecendo cada vez mais por interferência externa. E nenhum deles bate à mesa a responsabilidade para si.

Ou seja, com Aegon tomando a decisão de trocar algumas posições no Conselho e Rhaenyra ainda estar “retomando” a liderança, é provável que ainda não terão qualquer controle sobre os próximos atos que veremos. E todos sabemos para onde isso leva: para a queda do clã Targaryen. Então, se você consegue notar os padrões, seja bem-vindo ao “início do fim”.

A segunda temporada de A Casa do Dragão está sendo exibido pela Max todo domingo, a partir das 22h (horário de Brasília). Veja mais em Críticas de Séries!

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