Sendo muito honesto com vocês, acredito que A Casa do Dragão tem entregado tudo e mais um pouco nestes últimos episódios – trazendo em seu terceiro mais uma pedrada para quem acompanha a saga dos Targaryen e está vendo suas desavenças de camarote.

Após vermos o desastre do primeiro e as consequências no segundo, chegou a vez de compreendermos melhor cada lado e como suas maquinações darão sequência à grandiosa guerra que os aguarda. Aegon, Daemon, Aemond, Rhaenyra, Alicent e até o odiado Criston Cole têm seus objetivos e vemos todos eles colidindo para um único e sangrento fim.

O caso em A Casa do Dragão

É importante notar que A Casa do Dragão está sendo movida pela “força do caos”. Ninguém tem o menor controle sobre a situação mais, fazendo o que dá com as intenções que tem em mente e alcançando resultados ruins a medianos para manter o seu lugar no Trono de Ferro. Isso não significa que a série está “rum” ou “mediana”, aqui falamos apenas sobre o que os personagens alcançam em seus objetivos.

Rhaenyra se despede de seus filhos para continuar seus planos, que envolvem entender melhor a situação antes de enviar seus dragões para o combate. Daemon vai até um ponto estratégico, o mesmo que Criston Cole e um montador de dragões seguirá posteriormente (Aegon ou Aemond). Alicent se vê cada vez mais cercada de pessoas que anseiam pelo embate, assim como Rhaenyra. As coisas estão ficando cada vez mais tensas e esse sufocamento transborda dentro da narrativa.

Algo que me tem deixado pensativo em A Casa do Dragão é em como há personagens sábios, quais não são ouvidos por puro impulso e ganância dos demais. Vamos ser honestos, se todos parassem para ouvir o que Rhaenys tem a dizer, ou até mesmo seguido as orientações de Rhaenyra e Alicent à risca, metade deste conflito já estaria resolvido – se não toda a guerra em si.

No entanto, como afirmei acima, as “forças do caos” (movidas pelo Estranho, se seguirmos a religião de Westeros) tomaram conta da situação e agora só resta a todos eles reagir aos eventos que virão. Isso torna o entretenimento muito melhor, com toda a certeza do universo, mas nos vai consumindo um pouco a imagem de que haviam reis e rainhas sábios ou conselheiros virtuosos…já que nenhum sabe o que fazer e para onde se direcionar com total maestria.

A faísca resultará em fogo

Agora falando do conteúdo do capítulo de A Casa do Dragão em si, eu achei muito esclarecedor e didático o diálogo entre Rhaenyra e Alicent – movendo as peças exatamente para onde deviam estar. Enquanto a Targaryen tem mais certeza do seu objetivo e do que seu pai desejava, Alicent se cega em sua própria narrativa para defender o que lhe sobrou em mãos.

Já Daemon sente seu fim se aproximando, visualizando suas circunstâncias nada convencionais. Um castelo caído, sem guarnição ou qualquer apoio tático, goteiras por todo o seu cômodo e soldados inimigos se aproximando cada vez mais – com um dragão que está por vir. Tudo se move para um ponto desfavorável ao guerreiro e os eventos vistos levam a crer que seu fim não será nada glorioso como ele almejou para si.

Também estou gostando no foco que estão dando aos personagens secundários de A Casa do Dragão. Baela tem recebido bastante destaque e isto se move para grandes histórias que estão por vir. O aprofundamento da narrativa de outros também tem uma clara evolução e gostaria de ver estas histórias se cruzarem com os elementos centrais do seriado.

Por fim, tudo indica que os próximos episódios serão de batalhas para decidir qual lado tomará a dianteira no início da guerra. Apesar desta não ser a vontade de Rhaenyra e Alicent, os demais anseiam pelo sangue e pelo fogo – o que dará gás para uma verdadeira implosão dentro da família Targaryen em Westeros.

A segunda temporada de A Casa do Dragão está sendo exibido pela Max todo domingo, a partir das 22h (horário de Brasília). Veja mais em Críticas de Séries!

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