Vídeo faz uma interessante comparação entre Duna de 1984 e 2021, colocando lado a lado as imagens do trailer do novo filme dirigido por Denis Villeneuve com as mesmas cenas da adaptação de David Lynch.
Quando Lynch adaptou para os cinemas o homônimo livro de Frank Herbert, grande parte do público e da crítica odiaram o filme. Villeneuve, um diretor que se mostra habilidoso ao manipular histórias de ficção científica como vimos em “A Chegada”, tem em mãos uma enorme responsabilidade.
Isso porque adaptar um livro de magnificência como Duna está longe de ser uma tarefa fácil. Há de se percorrer uma linha tênue entre agradar os fãs do livro, aqueles que ainda não o leram e precisam, mais que ninguém, de um glossário e aqueles que ainda conservam em seus corações o desgosto pela adaptação de Lynch.
Acrescente tudo isso às pressões de fazer um filme durante a pandemia.
Até o momento, o trailer do filme tem agradado o público mais diverso e provocou entusiasmo naqueles que ainda não leram a obra a se aventurarem em mais de 600 páginas com descrições ecológicas planetárias minuciosas, antes de assistir ao novo filme.
É certo que nenhum diretor é capaz de agradar a todos, mas poucas adaptações vêm com tanta bagagem de expectativa como Duna.
Além de tudo, há na imaginação do público uma ideia de como seria a adaptação do diretor chileno Alejandro Jodorowsky que, em 1975, tinha a ambição de trazer ao público o Duna mais épico de todos os tempos.
A adaptação planejada por ele incluía nomes como Orson Welles, Salvador Dalí e Mick Jagger no elenco, além de uma trilha sonora composta pela banda Pink Floyd. Ou seja, a adaptação mais psicodélica, também.
Infelizmente, a pré-produção do filme não deu certo, como você pode ver no interessante documentário “Duna de Jodorowsky”. É contagiante a satisfação do diretor ao dizer que adaptação de Lynch é “um filme de merda”.
Se o mestre do cinema surreal e da psicomagia disse, quem somos nós para discordar?
Em relação ao trailer da adaptação de Villeneuve, ele diz que é “muito bem feita”, mas “dá para ver que é um cinema industrial”. “Não tem surpresas. A forma é identifica o que é feito o tempo todo”. O diretor disse ainda que “a iluminação, tudo é previsível”. Apesar de não se mostrar particularmente impressionado, ele torce que a nova versão seja “um grande sucesso”.
Enquanto o longa não é lançado, ficamos com o vídeo abaixo.
A comparação entre Duna de 1984 e 2021
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