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A Grok AI de Elon Musk analisa o gesto nazista

Recentemente, surgiram discussões sobre Elon Musk ter feito um gesto nazista durante um evento de celebração da posse de Donald Trump: um para a plateia e outro em direção à bandeira.

Apesar de claramente significar uma saudação nazi, inclusive com celebrações de grupos extremistas em relação a ação, ou como apontam especialistas, bem como inúmeros indícios e levando em conta seu histórico e o da sua família, há quem tenha dúvidas sobre isso.

Para tentar resolver a questão, por que não perguntar à própria inteligência artificial de Musk, a Grok?

Eis que quando questionada sobre qual ideologia poderia estar relacionada ao gesto, a IA respondeu sem hesitar: “Fascismo”.

Mesmo em explicações mais detalhadas, a Grok manteve a mesma opinião.

Isso é irônico, já que Musk criou essa IA como uma alternativa “anti-woke”, promovida como mais confiável do que opções tradicionais como o ChatGPT.

Apesar disso, aqui está a Grok criticando publicamente seu próprio criador — e não é a primeira vez.

A IA já chamou Musk de “espalhador de desinformação” e até zombou dele, chamando-o de “bebê chorão”. Essas críticas claramente irritam Musk. Em 2022, ele prometeu mudar o sistema da IA para torná-la “politicamente neutra”, depois de ela elogiar iniciativas de diversidade e defender pessoas trans.

Mesmo assim, parece que Musk ainda não conseguiu “remover o vírus woke” de sua criação.

A Grok continua emitindo opiniões polêmicas, como comparar Musk ao fascismo, criticar Trump e até apoiar Kamala Harris.

Em vez de negar as acusações de ter feito um gesto nazista, Musk preferiu zombar de seus críticos e minimizar a gravidade do assunto, até mesmo fazendo piadas sobre o Holocausto.

Ele também acusou a mídia de inventar conspirações contra ele, argumentos que até a Grok parece ter refutado.

No geral, Musk busca controlar o fluxo de informações, algo que sua compra do X ajuda a facilitar.

Ele silencia críticas e impulsiona teorias conspiratórias na plataforma, enquanto promove o X como uma fonte “superior” de notícias. No entanto, o fato de sua IA não se alinhar totalmente à sua visão mostra que seus esforços ainda enfrentam grandes obstáculos.

Nem mesmo a sua própria criação gosta dele.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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