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A guerra dos fanboys na era da desinformação

Fanboys na era da desinformação, como a que atravessamos hoje e nos últimos anos, são um perigo. Disseminadores de mentiras ou fake news, essas pessoas simplesmente acabam com a possibilidade de as pessoas conhecerem mais, imparcialmente, sobre um produto específico.

Mas precisamente, vamos falar aqui sobre como esses fanboys estão em guerra com a nova geração de consoles, o Xbox Series X e S, e o PlayStation 5.

A evolução e atividade dos fanboys na era da desinformação

Primeiro, vamos deixar claro o que significa a palavra:

Fanboy (no feminino, fangirl) é um termo descritivo, muitas vezes depreciativo, para definir uma pessoa que é fã de forma excessiva por um produto, pessoa ou empresa; que se demonstra ao defender fortemente sua opinião a respeito do assunto. O termo geralmente está interligado à cultura nerd.

Basicamente, são aquelas pessoas que defendem uma empresa, produto, marca, com unhas e dentes. Não importa as variáveis, mercado, nada. O cara simplesmente carrega uma bandeira.

O problema é quando isso se torna nocivo no quesito informação. E para defender a sua bandeira, o fanboy começa a difamar os concorrentes. E para isso ele usa nada menos do que mentiras, omissões.

Com inúmeros vídeos sobre lançamentos e produtos no Youtube, o que vemos é uma enxurrada de desinformação por toda parte sobre os mais diversos produtos.

Eu, como um apreciador e profissional especializado em games, acompanho por exemplo as novidades sobre os jogos e consoles. E portanto, tenho acompanhado sobre o PlayStation 5 e os novos Xbox.

Acontece que tenho me incomodado muito com a quantidade de fanboys, guerrinhas, picuinhas e desinformação giram em torno da comunidade gamer.

Quando realizo uma pesquisa com os termos Xbox Series S no Youtube, por exemplo, logo surgem alguns vídeos dizendo que o console “vai capar a nova geração”, que “nasceu capado”, que basicamente é um projeto ruim, ou a pior escolha. Enquanto isso, uma busca pelo PlayStation 5 há sempre gente idolatrando o produto e especialmente exaltando-o em relação ao concorrente.

Quando falamos em canais de Youtubers específicos, fora da mídia profissional e especializada, é sempre um ou outro. As pessoas adotam lados. E isso é algo realmente ruim para o consumidor. E para quem simplesmente gosta de games.

O fato de descreditar um console, os tipos de jogos, quais jogos são exclusivos, se são melhores ou não do que o do concorrente, causa uma insegurança em quem simplesmente quer aproveitar e curtir aquele console que se identifica e curte.

Há mercados e mercados. Gostos e gostos. É muito simples. Tem quem curta os jogos exclusivos de uma empresa, tem quem curta da outra.

Tem quem tenha uma biblioteca enorme de jogos no PlayStation, tem quem tem no Xbox. Ambos oferecem poder de processamento e potência técnica muito semelhantes se formos falar do Xbox Series X e PlayStation 5, por exemplo. Ninguém precisa ficar convencendo o outro de qual é melhor.

Já em relação ao Xbox Series S, o fato é bem simples: é um console de nova geração direcionado para pessoas que não querem gastar muito e simplesmente não se importam com resolução 4K. Aqueles que simplesmente querem jogar de forma fluida, sem as configurações máximas possíveis, mas de forma satisfatória.

Então, não cabe canais aleatórios no Youtube inventar mentiras para difamar um produto ou outro. A troco de quê? Provavelmente fazem isso porque polêmica dá visualizações. Ou seja, é proposital. Ideológico. Mesmo com a mentira, esse cara está atingindo muita gente, e fazendo a cabeça de muita gente. Ocorre igual com notícias em geral por todos os lados. Fake news que recebemos a todo momento via WhatsApp, Instagram, Facebook ou qualquer rede social.

O que podemos fazer para combater a desinformação

Cabe a nós ficarmos atentos a cada fonte de notícias, e pesquisarmos por nós mesmos minuciosamente sobre cada produto.

Outra coisa que me incomoda demais é que os veículos de credibilidade e profissionais, tradicionais do jornalismo sério, tem perdido campo para molequinhos recém saídos da puberdade em locais como Twitch e Youtube.

Isso reflexe simplesmente na troca de uma equipe de profissionais formados e especializados por anos a fio, por um garoto que simplesmente emite opiniões e têm no currículo apenas horas de jogo. Não de aulas, não de pesquisa, não de treino, não de trabalho.

A bagagem cultural de um jornalista especializado é absurdamente maior e mais qualificada do que qualquer uma dessas pessoas que fazem streaming de gameplay porque simplesmente decidiram que “jogar é o objetivo de vida” deles.

Ou seja, não caia na falácia de dar créditos para canais aleatórios. Busque informações em locais que realmente levam a informação a sério. Que há o compromisso com a análise, com a profundidade no assunto, com a pesquisa, com os detalhes e principalmente que tenha bagagem para falar sobre aquilo.

Dá uma dor no coração você trabalhar profissionalmente por mais de 15 anos como jornalista cultural e ver a geração atual descreditar veículos tradicionais reconhecidamente excelentes serem deixados de lado para dar visualizações a gente que só fica em frente de uma tela jogando, emitindo opiniões randômicas e fazendo piadinhas.

Mesmo porque o “fanboyzismo” está em toda parte. Sempre tem alguém que defende com unhas e dentes, e sem qualquer critério, um produto, um jogo, uma empresa.

Este é basicamente um manifesto para que tenhamos mais juízo crítico na hora de consumir informações.

Seja no assunto e games, seja em qualquer tipo de assunto.

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