A trilha sonora do épico espacial de Stanley Kubrick certamente é uma das mais memoráveis do cinema, devido a escolha do diretor pelo poema sinfônico “Also Sprach Zarathustra”, de Richard Strauss, e a icônica sequência de abertura composta por Alex North. O que você provavelmente não sabia, é que existe uma música de 2001: Uma Odisseia no Espaço nunca ouvida antes.
2001: A Garden of Personal Mirrors foi escrita por Mike Kaplan, compositor e ex-publicitário de Kubrick, e acaba de ser lançada 52 anos depois como um single pela Wave Theory Records, uma gravadora com sede em Bristol, na Inglaterra.
Naquela época, Kubrick e a MGM Records recusaram uma demo que supostamente ajudaria a promover o longa, então pediram a Kaplan que compusesse uma música, e ele recorreu à cantora de folk Naomi Gardner para os vocais.
“A intenção era capturar as diferentes respostas que 2001 estava gerando do público e da mídia, os vários níveis de interpretação e apreciação, de seus visuais hipnóticos às iluminações metafísicas. Também queríamos instigar a curiosidade entre o público que ainda não tinha visto o que estava se tornando um fenômeno cultural ”, explicou Kaplan.
Embora Kubrick tenha gostado do título, ele optou por não usar a música, pois não imaginava que ela pudesse se tornar um sucesso. O diretor também recusou uma partitura composta por Alex North, optando pela obra de Richard Strauss, que se tornou uma referência do longa.
A música de Kaplan é um exemplo de como mesmo 50 anos após seu lançamento, o enigmático 2001: Uma Odisseia no Espaço continua a intrigar o público. Embora a canção em si possa dividir opiniões.
Eu, particularmente, não vejo como esta canção poderia se encaixar no universo lírico de 2001. O que você acha? Ouça no player abaixo.
A música de 2001: Uma Odisseia no Espaço nunca ouvida antes
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Kubrick acertou em rejeitar a canção. Simplesmente não se encaixa e seria até uma sobrecarga de conteúdo. O “silêncio” e o mistério são a chave de 2001. O que gera toda aquela experiência quase transcendental que faz do filme uma obra prima.
A original é insuperável.