Em 3 horas e meia de filme, O Irlandês viaja no tempo ao longo de cinco décadas para mostrar a ascensão de Frank Sheeran no mundo da máfia e seu relato melancólico e satírico já no fim da vida. O cineasta Rodrigo Pietro conta como foi trabalhar nesse processo de passagem do tempo em O Irlandês.
Ao lado de Martin Scorsese, Rodrigo teve que criar aparências distintas para cada período de tempo narrado com base em diferentes técnicas de processamento de fotos.
Ele estudou fotografias antigas, e queria levar o conceito de como as fotos nos levam à memórias antigas, como de nossos avós, com as quais criamos a noção da realidade que eles viveram.
Para aplicar tal ideia, ele usou: para a década de 50, Kodachrome; Ektachrome para os aos 60 e início dos anos 70 e neutro para os dias atuais do filme, quando Frank narra ao espectador os eventos de sua vida.
O cineasta também conta um pouco sobre o sistema de três câmeras necessário para criar a “juventude” dos atores. A câmera principal filmava as cenas, enquanto outras duas câmeras digitais acompanhavam as filmagens que teriam os efeitos especiais adicionados posteriormente.
A atmosfera nostálgica e magnetizante de estar assistindo ao cotidiano da vida real foi parte de uma superprodução. Não é à toa que O Irlandês é um épico da máfia.
A passagem do tempo em O Irlandês
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