A natureza sempre foi uma das grandes musas da história da arte, inspirando desde os clássicos renascentistas até os impressionistas. Agora, ela ganha nova vida, e um significado profundamente simbólico, nas mãos do artista canadense Martin Wittfooth. Em sua mais recente exposição individual, Deus ex Terra, ela recria deuses da natureza em forma de animais.
Em cartaz até 4 de outubro de 2025 na Corey Helford Gallery, em Los Angeles, a mostra apresenta uma série de pinturas a óleo monumentais que representam deuses terrenos, não como figuras humanas, mas como animais selvagens. Cavalos, lobos, ursos polares, veados e carneiros tornam-se personificações de elementos e estações, ditando os ritmos e ciclos do mundo natural.
A exposição está organizada em duas partes principais: uma dedicada às quatro estações e outra aos quatro elementos. Em Aspect of Winter, um lobo imponente domina uma paisagem gélida, seu corpo coberto de neve contra um fundo azul e branco. Já em Aspect of Autumn, um veado avança por um bosque de bétulas, com chifres que se confundem com os galhos das árvores e folhas que caem suavemente sobre sua cabeça.
Wittfooth também explora os elementos com imagens poderosas e simbólicas. O ar ganha forma na nuvem esculpida como a cabeça de um cavalo; o fogo brota de um vulcão em erupção; a terra é representada por fósseis, cogumelos e samambaias; e a água aparece como uma escultura submersa, habitada por algas e criaturas marinhas.
Além da beleza estética, a exposição carrega um alerta urgente. Wittfooth questiona a relação da humanidade com o meio ambiente, lembrando que a natureza não apenas existia antes de nós, mas continuará existindo, com ou sem a nossa presença. Suas obras celebram a eternidade dos processos naturais e nos convidam a repensar nosso lugar nesse ecossistema.
Se você está em Los Angeles ou planeja visitar a cidade até outubro, essa é uma parada obrigatória para quem ama arte, natureza e reflexão. E para os fãs de Martin Wittfooth, fica a certeza: essa é talvez sua série mais ambiciosa e poeticamente impactante até agora.










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