Há uma família de pessoas sem impressões digitais que vive no distrito de Rajshahi, no norte de Bangladesh. Trata-se de uma alteração genética raríssima em que pouquíssimas pessoas apresentam.
Apesar de isso ser curioso para nós, pode representar problemas para quem tem isso, especialmente no caso de ter documentos.
Em 2010, Bangladesh tornou os cartões de identidade nacionais obrigatórios para todos os adultos e o banco de dados exige uma impressão digital. As impressões digitais também se tornaram obrigatórias para passaportes e carteiras de motorista, e o pai da família, Amal Sarker, teve que obter um certificado especial de um conselho médico.
Até mesmo comprar um cartão SIM para celular exige que a impressão digital seja conferida naquele país, de acordo com uma lei de 2016.
A condição rara que provavelmente aflige a família Sarker é chamada de Adermatoglifia. Se tornou amplamente conhecida em 2007, quando Peter Itin, um dermatologista suíço, foi contatado por uma mulher no país com quase 30 anos que estava tendo problemas para entrar nos Estados Unidos. Seu rosto combinava com a fotografia em seu passaporte, mas os funcionários da alfândega não conseguiram registrar nenhuma impressão digital. Porque ela não tinha nenhuma.
“Estou cansado de explicar a situação indefinidamente. Pedi conselhos a muitas pessoas, mas nenhuma delas poderia me dar uma resposta definitiva”, disse Apu. “Alguém sugeriu que eu fosse ao tribunal. Se todas as opções falharem, é isso que terei de fazer.”
Apu espera conseguir um passaporte, disse ele. Ele adoraria viajar para fora de Bangladesh. Ele só precisa iniciar seu aplicativo.
O caso de pessoas sem impressões digitais
Veja mais sobre a história na matéria publicada pela BBC.
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