As pinturas de Miles Davis, o trompetista reconhecido como um dos grandes nomes do Jazz, revelam o músico como integrante da lista de artistas plurais, que buscavam levar a criatividade sempre além.
A arte de pintar fazia parte da vida de Miles tanto quanto a própria música.
O passatempo logo se transformou em uma paixão séria de sua vida. Ao longo da década de 80, o músico estudou com o pintor Joe Gelbard, de Nova York, e desenvolveu um estilo único.
Influenciado pela arte tribal, seu trabalho também evoca Kandinsky, Jean-Michel Basquiat e Pablo Picasso.
Miles exibiu poucos de seus quadros em vida. Algumas pinturas estamparam capas de seus álbuns, como visto em Amandla, de 1989. Um auto-retrato carregado nas cores verde e vermelho.
Foi após sua morte, em 1991, que suas artes começaram a ser expostas em galerias e museus.
Em 2013, a Insight Editions publicou o livro Miles Davis: The Collected Artwork, onde é possível visitar esse mundo que o trompetista se dedicou ao longo da vida.
“Eu tenho pintado e desenhado durante toda a minha vida. Além disso, para meu alfaiate eu costumava desenhar meus ternos, porque ele não sabia falar inglês.
É como uma terapia para mim e mantém minha mente ocupada com algo positivo quando não estou tocando”, disse o músico.