A Ubisoft está redefinindo a relação entre jogadores e natureza em Assassin’s Creed Shadows, o novo capítulo da franquia lançado em 20 de março de 2025.
Ambientado no Japão feudal, o game traz uma mudança significativa: pela primeira vez na série, os animais não podem ser feridos, caçados ou mortos.
Em entrevista ao Kotaku, o diretor criativo Jonathan Dumont explicou que a decisão tem raízes na precisão histórica.
Diferente de outros cenários da saga, o Japão do século XVI não abrigava muitos predadores de grande porte, tornando encontros violentos com a fauna uma quebra de imersão.
No lugar da caça, os jogadores podem interagir pacificamente com gatos, cachorros, raposas e cervos, seja acariciando, observando ou até pintando retratos no modo fotografia.
A ausência de confrontos com animais reforça o tom contemplativo do jogo, criando um contraste interessante com as missões de alta tensão dos protagonistas Naoe e Yasuke.
A mudança também reflete uma tendência crescente nos games de mundo aberto: alternativas éticas à violência.
Shadows introduz mecânicas como a construção de esconderijos, onde os jogadores podem receber animais, transformando esses espaços em santuários serenos. Esses momentos de calma servem como respiro entre cenas intensas da narrativa.
A abordagem responde tanto a demandas por interações mais emocionais quanto à temática do jogo, que celebra a reverência pela natureza e o cotidiano do Japão histórico.
E, ao que parece, os fãs aprovaram: o título teve o segundo melhor lançamento da franquia em receita, ficando atrás apenas de Valhalla.
Uma prova de que, às vezes, menos pode ser mais, até nos mundos virtuais.
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