“Escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida”, já dizia o filósofo chinês Confúcio (551 a.C. – 479 a.C.). Há muito debate em torno dessa única frase. Mas os amantes do videogame já podem concordar que o mestre tinha razão, da antiguidade aos dias de hoje. Afinal de contas, jogar vídeo game agora é coisa séria, e os brasileiros estão mais do que nunca antenados nesse novo modelo de trabalho.
Isso é se pode ver em um levantamento realizado em 2023 pela Newzoo, consultoria de dados mundiais sobre jogos. Nele, o mercado de esports no Brasil aparece com um total de 3% dos usuários de esports em todo o mundo. Essa porcentagem, por menor que possa parecer, já é o suficiente para deixar o País entre os 10 maiores mercados gamers do planeta. Por ano, a receita gerada por esse nicho apenas em terras canarinhas é de US$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 12,66 bilhões).
E a previsão é de encher os olhos, já que o segmento cresce exponencialmente com uma taxa de 10% a cada ano. Segundo relatório da Pesquisa Game Brasil (PGB) de janeiro de 2024, jogar os jogos digitais é uma das mais importantes formas de diversão dentre os hábitos de entretenimento do brasileiro – o equivalente a 73,9% dos adeptos dos games.
Esses dados fazem com que o Brasil figure como maior potência gamer na América Latina. Na relação mundial, fica em segundo lugar no pódio, perdendo apenas para a Coreia do Sul. E quem é da indústria quer ver o Brasil em posições sempre altas em rankings mundiais. Para isso, empresas do setor se diversificam e investem cada vez mais em jogos e estruturas de torneios oficiais e equipes treinadas. Isso encanta tanto os atletas gamers quanto o fiel público expectador.
O termo, que basicamente significa esportes eletrônicos, alcançou fama além do tradicional jogo de vídeo game de futebol. Hoje é possível encontrar opções de diversos gêneros e estratégias, que podem ser disputados de forma individual, em dupla ou até em uma equipe. Os torneios oficiais são verdadeiros campeonatos, com direito até a transmissão ao vivo, não deixando nada a desejar se comparado com os esportes mais tradicionais.
A acessibilidade – tanto física, de internet e formatos diferentes, quanto financeira – possibilita cada vez mais a disseminação do segmento. Ao falar do setor, também não se pode esquecer de tudo o que vem junto para somar no faturamento, como gastos em roupas, móveis, acessórios, assinaturas de plataformas de streaming e de apostas especializadas, além, é claro, de um mundo “extra” a ser explorado no Metaverso. É um horizonte quase infinito de possibilidades para aumentar a alegria e o engajamento, tanto dos fãs e atletas quanto das marcas. Com tantos números e perspectivas positivas, a brincadeira, realmente, está cada vez mais séria.
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