O universo dos games está mais uma vez no centro de uma grande controvérsia. Dessa vez, o foco é Call of Duty: Black Ops 6, da Activision, e o suposto uso de arte gerada por inteligência artificial.
A discussão começou com a atualização Season 1 Reloaded, que trouxe uma tela de carregamento natalina com Necroclaus, uma versão zumbificada do Papai Noel.
A princípio, a ideia foi bem recebida, mas os elogios logo deram lugar à crítica quando os jogadores perceberam algo estranho: Necroclaus tinha um dedo extra, um erro típico de obras feitas por IA.
A reação foi imediata. Fãs foram às redes sociais acusar a Activision de economizar na qualidade e sacrificar a criatividade humana.
Além disso, outras imagens do jogo, como uma mão segurando Gobblegum, também foram apontadas por seus erros anatômicos.
O debate não parou por aí. A controvérsia reacendeu uma discussão mais ampla sobre o papel da inteligência artificial no desenvolvimento de jogos.
De um lado, há quem veja a IA como uma ferramenta poderosa, capaz de otimizar processos e liberar o potencial criativo de artistas.
Do outro, críticos alertam que confiar demais na IA pode comprometer o cuidado e o detalhamento que os fãs esperam, especialmente de franquias como Call of Duty.
Relatos recentes indicam que a Activision já vinha explorando o uso da IA em seu processo criativo.
Em 2023, por exemplo, a empresa vendeu um item cosmético gerado por IA no pacote Yokai’s Wrath de Modern Warfare 3, sem informar os consumidores sobre sua origem.
Essa falta de transparência gerou desconfiança e levantou questões sobre a ética no uso da tecnologia.
Os jogadores agora exigem mais clareza. Para muitos, saber quando e onde a IA é usada nas produções é essencial para manter a confiança na indústria.
Afinal, jogos são uma forma de arte, e os fãs valorizam o toque humano que torna cada experiência única.
A Activision, como uma das líderes do mercado, enfrenta um desafio importante: como integrar tecnologias como a IA sem perder a conexão com os fãs? Será que o uso da inteligência artificial é o futuro inevitável ou um caminho arriscado demais?
Enquanto esperamos por respostas, a discussão continua.
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