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Call of Duty: Black Ops 6 traz multiplayer refinado e divertido, mas campanha que escorrega na narrativa

Call of Duty: Black Ops 6 é a mais recente adição à icônica série de jogos de tiro desenvolvida pela Treyarch e publicada pela Activision. 

Como costumeiro da franquia, o jogo se divide entre uma campanha para um jogador e uma série de modos multiplayer, que inclusive tem integração com o Warzone, um dos jogos mais populares da Activision e que é gratuito.

Tivemos a oportunidade de testar o jogo na versão de PlayStation 5 e contamos para você sobre o que achamos.

Uma campanha que começa eletrizante, mas perde muito a mão durante a narrativa

A campanha para um jogador de Black Ops 6 traz alguns personagens conhecidos da série, bem como alguns novos. Nós controlamos William (Case) Calderon, um soldado que tem um passado oculto e que tem segredos a serem revelados.

Ele se junta a um grupo integrado por  Frank Woods, veterano do Black Ops, que está em uma cadeira de rodas devido a eventos passados, Troy Marshall, um dos novos operativos recrutados, Sevati Dumas, uma agente habilidosa e determinada, Felix Neumann, especialista em tecnologia e hacking e Russell Adler, que também é um agente experiente e conhecido.

Esses personagens trabalham juntos para desvendar os segredos de uma nova organização paramilitar chamada Panteão.

A campanha começa em um ritmo bem pé no chão e frenético, com missões que apresentam os personagens e ao mesmo tempo a variedade de armas que o jogo oferece.

Além disso, há diferentes rumos que se pode tomar em determinadas missões. O jogador escolhe por onde seguir e pode ter resultados, diálogos e ações diferentes de acordo com a linha selecionada para seguir na história.

Também há uma missão bem interessante que insere o jogador em uma espécie de mundo aberto, onde dá para explorar acampamentos inimigos, coletar informações e equipamentos, antes de concluir as missões principais.

O início da campanha é bem conciso e interessante. No entanto, repentinamente, o jogo muda de tom.

Escolhas na direção da história transformam completamente o jogo, que insere também missões mais paradas e maçantes – que inclusive incluem alguns clichês que vimos em inúmeros outros games.

Um exemplo disso é a exploração do passado em forma de sonhos e fragmentos de memória em forma de mundos destruídos e plataformas que pairam no ar.

Fora isso, o jogo propõe algo bem diferente do que no início, que era algo mais militar, estratégico e tático, para dar espaço a um lance sobrenatural e que se aproxima mais de um jogo de horror.

Durante o gameplay, essa decisão foi um grande balde de água fria e quebrou totalmente a imersão do jogo, transformando-o em outra coisa.

Mesmo que continue divertido, nos pegamos bem entediados com a conclusão da campanha, a ponto de quase não aguentar mais jogar, tamanha foi a mudança drástica que a narrativa ganha do meio para o final.

Levando isso em conta, podemos dizer que metade da campanha é realmente muito boa, e a metade final se torna bastante tediosa e desinteressante.

Visuais bonitos, jogabilidade mais rápida e frenética

Os gráficos são um ponto forte. Temos visuais e um design de fases que é bem bonito e interessante. A ambientação detalhada e a variação de cenários ajudam a manter a experiência fresca, enquanto os jogadores viajam por diferentes partes do mundo, que incluem desertos ou montanhas geladas.

A jogabilidade está muito fluida e responsiva. Os controles são precisos, e a diversidade de armas e equipamentos oferece várias maneiras de abordar cada missão.

O jogo também introduz novas mecânicas, como gadgets que auxiliam no combate, que adicionam uma camada de estratégia.

Tudo funciona de forma rápida e intuitiva, e é um deleite para quem gosta de jogos de tiro e ação ver a movimentação e fluidez do jogo.

E, nesta versão, temos a oportunidade ainda de correr para os lados, bem como realizar algumas acrobacias malucas, como realizar um salto e virar de costas no ar. Isso com certeza vai render muitas jogadas interessantes (ou hilárias) no modo multiplayer.

Por falar nisso, o modo multiplayer segue viciante e cheio de ação

O multiplayer de Black Ops 6 é onde o jogo realmente brilha. E o propósito para o que foi feito. Afinal, esse é o carro-chefe da Activision. O sistema de progressão é gratificante, com um arsenal extenso de armas e acessórios para desbloquear.

São modos de jogo que variam entre jogo rápido de enfrentamento e mata-mata e também o modo Zumbis, que já é um clássico dos jogos da franquia.

Os mapas são bem projetados, e dá um equilíbrio bom entre combates a curto e longo alcance.

Assim como os outros jogos da série, é possível ir desbloqueando novos operadores, bem como equipamentos e armas à medida que progride no jogo.

Há também dispositivos para serem usados durante a batalha, bem como séries de pontuação, que variam entre aprimoramentos no combate até ataques aéreos ou de morteiros.

O multiplayer ainda se mantém cheio de microtransações. E isso de certa forma é um ponto negativo do game, pois, embora não sejam necessárias para progredir, elas podem dar uma vantagem para quem estiver disposto a gastar dinheiro, especialmente em relação às armas. O que pode desequilibrar as partidas.

Outro ponto a ser destacado também é o balanceamento das armas, sendo que é comum que algumas armas sejam claramente superiores a outras.

Como de costume, ao longo das temporadas, a desenvolvedora permanece lançando atualizações e pequenas mudanças, de acordo com o andar do game e feedback dos jogadores.

Pelo que jogamos até agora, o game está interessante, divertido e bem equilibrado – na medida do possível, já que tem muita gente que gasta dinheiro e fica muito bem equipado desde o início.

Zumbis continuam sendo uma grande atração

O modo Zumbis continua atrativo em Black Ops 6. Com novos mapas e uma história própria, este modo oferece horas de diversão cooperativa. Exige bastante estratégia para o que os jogadores passem cada etapa e sobreviva às hordas de zumbis.

Novatos, no entanto, podem se sentir um pouco intimidados com este modo, já que tem mais complexidade e traz um ritmo bem frenético. Até, ao menos, o jogador pegar o jeito e de como as coisas funcionam.

Além disso, as partidas são muito longas, e exige um comprometimento dos jogadores, caso eles queiram progredir e descobrir tudo o que o modo de jogo oferece.

Conclusão

Call of Duty: Black Ops 6 oferece uma experiência muito boa no geral. O modo multiplayer segue brilhando, com aprimoramentos que tornaram a ação ainda mais viciante e cativante. A movimentação está ótima, as armas bem variadas e o visual muito bonito. Bem como os efeitos sonoros.

Já a campanha para um jogador, apesar de começar muito bem, desanda do meio para o final. As decisões de narrativa e o roteiro simplesmente dão uma grande viajada que nos tira do tom inicial que o jogo propõe.

Apesar de grande parte das missões serem divertidas e interessantes, há momentos na campanha de bastante tédio, a ponto de nem dar vontade de prosseguir em alguns momentos.

Para quem curte cooperativo, o modo Zumbis continua bem legal, e rende muitas horas de diversão.

Call of Duty: Black Ops 6 é um ótimo jogo da franquia, que mantém a qualidade dos games anteriores, e até mesmo adiciona alguns elementos muito bem-vindos na franquia. Alguns demonstrados no modo de campanha, outros no jogo em geral, como o sistema de movimentação.

Nota final: 4/5

Avaliação: 4 de 5.

Onde encontrar o jogo?





Ou no Steam, para PC.

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