FarCry 5 já sofre a repressão da censura. O game anunciado recentemente pela Ubisoft, diferente dos demais da série, se passará no interior dos EUA. Naquelas cidadezinhas bem redneck, onde há caipiras trogloditas e principalmente uma grande atividade de religiões ou seitas.
Acontece que um grupo específico de trolls gamers resolveu encher o saco, criando um abaixo-assinado com o intuito de modificar totalmente a obra. Ou simplesmente cancelá-la.
Isso, claro, antes de existir qualquer conhecimento sobre qual será o foco da história ou do que o game realmente se trata.
Por enquanto a Ubisoft apenas revelou que a trama se passa em torno de um grupo extremista religioso que resolveu se rebelar contra o governo local, e instaurar sua própria ordem à força. Ou seja, com uso de violência, armas e repressão.
Mais ou menos o que aconteceu na história da humanidade, na época da ascensão do cristianismo, quando a Divina Inquisição tacava fogo em milhares de pessoas em praças públicas e mantinha os Templários, um exército de mercenários assassinos que exterminavam “em nome de Deus”. Só que agora, esse mundo passou para um ambiente mais real e condizente com a época atual.
De acordo com o Meio-Bit, o grupo que criou o tal abaixo-assinado, chamado de Gamers United, diz o seguinte:
“Os gamers americanos tiveram que encarar muita porcaria ao longo dos últimos anos. O assédio dirigido pela grande imprensa através do Gamergate, o terrível lançamento e as mentiras de jogos altamente esperados, a censura absoluta da arte através das políticas e ‘localização’, a continua rejeição de parceiros românticos quando descobrem nosso hobby, a apropriação da nossa cultura pelos chamados ‘gamers’ no Twitter. CHEGA!
Passamos por suas palestras multiculturais e jogos de pregação voltados para degenerados e miscigenadores. Toleramos isso em nome da jogabilidade e da inovação. Mas chega! O Far Cry 5 é um insulto à sua base de fãs, americanos que compõem a maioria dos seus consumidores e está na hora de vocês acordarem para este fato. Mudem isso ou cancele o jogo.”
De acordo com o grupo, o jogo consiste em uma espécie de propaganda contra cristãos e brancos. E eles gostariam que os vilões fossem mais realistas. Que, na opinião deles, algo como muçulmanos ou membros de gangues.
Só faltou dizerem que deveriam ser russos ou chineses. Talvez vietnamitas?
A dúvida fica mesmo para a hipocrisia desses tal “gamers”. De acordo com eles, tudo bem matar nazistas, muçulmanos, russos, chineses, japoneses. Mas não está ok confrontar brancos, extremistas e cristãos.
Afinal, eles são os santos do mundo e os propagadores da paz, certo?
NÃO.
E a gente torce para que a Ubisoft não sucumba a esses trolls da Internet a ponto de limitar a liberdade criativa de seus desenvolvedores e modificar o jogo de alguma forma. Ou seja, sofrer censura. Afinal, cansa ver games condenando e pestanejando sempre contra os mesmos “vilões”, sendo que muitas vezes os verdadeiros vilões estão bem mais próximos do que se imagina.