Já imaginou que, bem nas profundezas da Terra, onde não há luz do sol, pode existir vida? Um grupo de cientistas de vários países encontrou micróbios vivendo em lugares profundos e escuros do nosso planeta, onde ninguém imaginava que isso seria possível.
Essa descoberta foi publicada na revista Science Advances e é o resultado de oito anos de pesquisa. Os cientistas analisaram mais de 1.400 amostras de micróbios coletadas em diferentes partes do mundo.
A grande novidade é que mais da metade dos micróbios da Terra podem estar vivendo nas camadas profundas da crosta terrestre. Isso muda a ideia que tínhamos de que, quanto mais longe do sol, menos vida existe.
“Todo mundo pensa que, no subsolo, há menos energia e, por isso, menos seres vivos conseguem sobreviver”, explicou Emil Ruff, um dos líderes da pesquisa. “Mas descobrimos que, em alguns lugares profundos, a diversidade de micróbios pode ser tão grande quanto na superfície — ou até maior!”
Essa descoberta é importante porque mostra que a vida pode ser mais resistente e diversa do que imaginávamos, mesmo em lugares sem luz solar.
Além disso, o estudo é um exemplo de como a ciência pode funcionar quando pesquisadores de diferentes países trabalham juntos.
Antes dessa pesquisa, não havia um padrão para coletar e analisar dados sobre micróbios. Mas, graças ao esforço de cientistas como Mitchell Sogin, foi possível criar um método único para comparar amostras de micróbios de lugares tão diferentes quanto os Estados Unidos e a Espanha.
Essa colaboração internacional abriu portas para um novo campo de estudo, mostrando que há muito mais para explorar no mundo invisível dos micróbios que vivem no subsolo da Terra.
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