Aos 95 anos, Clint Eastwood continua firme atrás das câmeras e, pelo visto, a aposentadoria ainda está longe de ser um plano concreto.
Após o lançamento do suspense jurídico Juror #2 em 2024, muitos acreditaram que aquele seria o último filme do veterano diretor, um encerramento digno para uma carreira lendária.
O longa foi bem recebido por público e crítica, alimentando rumores de que seria sua despedida oficial do cinema. Mas, em entrevista recente ao jornal austríaco Kurier (repercutida pela Reuters), Eastwood foi direto ao dizer que não pretende parar tão cedo.
“Não há razão para que um homem não possa melhorar com o tempo. Tenho muito mais experiência hoje. Sim, existem diretores que perdem o toque com a idade, mas esse não é o meu caso”, afirmou, com a mesma confiança que marcou toda a sua trajetória.
Desde os anos 1950, quando começou na série Rawhide, Eastwood nunca deixou de se reinventar. De ícone dos faroestes a ator versátil e, depois, diretor respeitado, ele construiu uma filmografia marcada por histórias intensas, personagens complexos e decisões ousadas.
Seu primeiro trabalho como diretor, Play Misty for Me, lançado em 1971, abriu caminho para uma sequência de filmes que combinam emoção, moralidade e uma visão artística singular, basta lembrar de títulos como Os Imperdoáveis, Sobre Meninos e Lobos e Sniper Americano.
Mesmo com o passar dos anos, seu estilo não mudou. Ao ser questionado sobre o excesso de remakes e franquias em Hollywood, Eastwood foi direto: “Vivemos uma era de refilmagens e franquias. Já fiz continuações três vezes, mas isso não me interessa há muito tempo. Minha filosofia é: faça algo novo ou fique em casa.”
Ele segue buscando histórias inéditas, com significado, que realmente tenham algo a dizer. Juror #2 é mais uma prova de que Eastwood continua motivado por desafios criativos, e não por nostalgia ou pela repetição do que já deu certo.
Segundo o Kurier, o diretor está com a saúde em dia e já em fase de pré-produção de seu próximo projeto. A verdade é que ele simplesmente não para e, sinceramente, por que deveria?
Eastwood mostra como uma vida inteira dedicada ao cinema pode resultar em uma energia criativa que parece não se esgotar. Ele não apenas desafia as expectativas sobre envelhecimento, como também dá uma aula de dedicação, superando em ritmo muitos profissionais com metade da sua idade.
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