Um vídeo ensaio perspicaz de The School of Life explica como uma infância negligenciada ou traumática pode levar algumas pessoas a fugir do amor, mesmo que isso seja contrário às suas necessidades emocionais.
Eles comparam essa situação a alguém que está passando fome.
Quando essa pessoa finalmente encontra comida, ela só consegue comer um pouco de cada vez, porque seu corpo não está acostumado a lidar com grandes quantidades de uma só vez.
“Vamos imaginar alguém que cresceu em um ambiente carente, com uma dieta severamente restrita. Essa pessoa não teve escolha a não ser se acostumar com refeições mínimas. A única maneira de sobreviver era precisar de quase nada. Poderíamos supor que, quando finalmente apresentada à abundância, essa pessoa tentaria compensar o tempo perdido. Mas, claro, o oposto acontece. Seu sistema digestivo, adaptado à escassez, não consegue processar a riqueza diante dela.”
O vídeo sugere ainda que pessoas que evitam compromisso podem explicar suas necessidades a um parceiro em potencial.
“Podemos, sem vergonha, ensinar nosso amado que a coisa mais gentil que ele pode fazer por nós é não ser gentil demais – ou pelo menos não tão cedo. A coisa mais generosa seria não ser muito abundante. Nós queremos o amor deles, com certeza, mas precisamos dele em doses muito pequenas e não tudo de uma vez. Vamos precisar de tempo sozinhos. Não deve haver muitos abraços. Elogios devem ser espaçados. Nós apreciamos a bondade, só precisamos absorvê-la aos poucos, como se fosse uma colher de chá.”
Essa reflexão nos lembra que o amor, embora essencial, pode ser avassalador para quem cresceu em um ambiente emocionalmente carente.
Compreender e respeitar esses limites é fundamental para construir relacionamentos saudáveis e duradouros.
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