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Console Analogue 3D começa a ser enviado e revive o Nintendo 64 em 4K com fidelidade impressionante

A Analogue finalmente iniciou o envio do Analogue 3D, e o pessoal do Macho Nacho Productions já colocou as mãos em uma das primeiras unidades.

O console, uma recriação FPGA do clássico Nintendo 64, chega como a promessa definitiva para quem ainda guarda os cartuchos originais e quer vê-los brilhar de novo.

Agora em resolução 4K e com uma série de melhorias que respeitam o visual original sem descaracterizá-lo. Custando 250 dólares, ele se apresenta como um resgate premium da era 64 bits.

As pré-vendas começaram no fim do ano passado, mas o calendário foi escorregando: primeiro previsto para o início deste ano, depois para o verão, e agora só entrou em distribuição de fato para os apoiadores iniciais no começo de dezembro.

Tanto a versão preta quanto a branca esgotaram rapidamente, sinal de que a demanda por uma experiência N64 moderna continua enorme.

Dentro da caixa, o console vem protegido por uma embalagem interna reforçada, acompanhado por fonte bivolt, cabo HDMI personalizado, USB-C e até dois panos de feltro para limpar os contatos dos cartuchos.

Controladores não fazem parte do pacote, mas a unidade de review enviada ao Tito inclui quatro joysticks 8BitDo sem fio, cada um com seu guia rápido.

Em tamanho, é menor e mais elegante que o N64 original, embora mantenha o formato que os fãs reconhecem de longe.

O acabamento fosco é bonito, mas pega marcas de dedo com facilidade, nada que um pano não resolva.

Na parte frontal, quatro portas iluminadas por LEDs aceitam tanto controles clássicos quanto modernos.

O slot superior de cartucho conta com tampas internas contra poeira. Atrás, ficam um cartão SD encaixado ao nível da carcaça, duas portas USB-A, HDMI, respiradouros laterais e a entrada USB-C de energia.

Ao ligar, um cooler silencioso entra em ação, puxando ar para resfriar o FPGA Intel Cyclone 10 GX, chip bem mais robusto que o usado no MiSTer.

Por dentro, tudo é montado com precisão: dissipadores grandes, fitas flat e parafusos que garantem um toque de peso e estabilidade inesperados.

Na primeira inicialização, o sistema operacional do Analogue 3D recebe o usuário com um pequeno tutorial.

A sincronização dos controles 8BitDo é rápida, basta ligar e segurar o botão de pareamento, enquanto o LED do console acompanha o processo.

Controles originais do Nintendo 64 também funcionam imediatamente. Depois da checagem de licença e de uma atualização rápida de firmware, aparece a interface principal, com seus jogos organizados em ícones bonitos, mostrando arte de capa, data de lançamento e número de jogadores.

Quem tiver caixas físicas vai notar que algumas artes não vêm pré-carregadas, mas dá para adicionar manualmente via SD.

O menu é simples e rápido de navegar, usando os C-buttons virtuais para trocar de aba.

Os ajustes específicos de cada jogo ficam gravados, e o boot completo leva cerca de 20 segundos, tempo o suficiente para pegar algo para beber.

E o mais importante: os cartuchos rodam de forma impecável. O console é compatível com toda a biblioteca oficial do N64, independentemente da região.

Tito testa Super Mario 64 e Ocarina of Time, ambos exibidos em 4K com nitidez impressionante, sem os borrões e dithering que eram marca registrada da época.

Sujeira nos contatos pode causar falhas, mas os panos enviados na caixa resolvem rápido. Homebrews também funcionam bem, mas quem usa flashcarts como Everdrive vai se decepcionar: o Analogue 3D bloqueia esse tipo de leitura, pelo menos por enquanto.

A empresa já confirmou que novas funções virão por atualização, incluindo o modo deblur, que remove o efeito nativo de suavização do N64, e um anti-aliasing mais refinado para reduzir serrilhados.

Para quem prefere estética retrô, há filtros que simulam CRTs e monitores profissionais BVM, com scanlines ajustáveis e brilho quente.

A escala de imagem pode ser ajustada com precisão, e o suporte a taxas de atualização variável elimina stutters, enquanto o HDR deixa cores e sombras muito mais vivas, até clássicos como Perfect Dark ganham um novo fôlego visual.

No fim das contas, o Analogue 3D entrega exatamente o que promete: uma forma moderna, bonita e incrivelmente fiel de reviver a glória do Nintendo 64.

Para colecionadores e fãs da era 64 bits, é difícil imaginar um retorno mais caprichado.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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