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Cyberpunk 2077 para Switch 2 impressiona e é comparado no PS5, Xbox Series S e Steam Deck

Cyberpunk 2077, o RPG de mundo aberto da CD Projekt Red, percorreu um longo caminho desde seu lançamento turbulento em 2020. Depois de muitas atualizações, o jogo virou o que os fãs esperavam desde o começo, e agora chega como título de lançamento do Nintendo Switch 2, prometendo uma experiência portátil que surpreende ao bater de frente com plataformas de ponta como PS5, Xbox Series S e até o Steam Deck.

A edição Ultimate do jogo no Switch 2 não é uma versão enxuta. Ela traz o jogo completo mais a expansão Phantom Liberty, tudo isso em um único cartucho de 64GB, sem precisar de downloads extras. “Lançar tudo em cartucho foi a decisão certa”, afirma Jan Rosner, vice-presidente de negócios da CD Projekt Red. Ou seja, todas as missões, conteúdos paralelos e até a missão especial em parceria com Balatro estão disponíveis logo de cara.

Fazer um jogo tão pesado rodar bem em um console híbrido como o Switch 2 parecia missão impossível, mas a CD Projekt Red conseguiu, e o segredo está na tecnologia. Pela primeira vez em um console Nintendo, está sendo usado o DLSS da NVIDIA, um sistema de reconstrução de imagem via inteligência artificial. Em modo dock, o jogo mira resolução de 1080p, enquanto no modo portátil busca os 720p, podendo baixar para 540p ou até 360p em cenas mais exigentes. A desenvolvedora confirma que o DLSS funciona em todos os modos de exibição, tanto no dock quanto no portátil, com opções de qualidade e desempenho.

No modo qualidade, o jogo roda a 30 quadros por segundo com gráficos mais ricos. Já no modo desempenho, a meta é 40fps com suporte a taxa de atualização variável (VRR), algo que as novas telas LCD do Switch 2 agora suportam, como destaca Charles Tremblay, VP de tecnologia da CDPR, que diz ser “a melhor forma de curtir o jogo em movimento”.

É claro que o Switch 2 não tem ray tracing como o PS5, nem os 60fps estáveis do console da Sony, mas impressiona ao conseguir manter uma experiência fluida e visualmente bonita. Comparações feitas pela Digital Foundry mostram que, em alguns momentos, a qualidade de imagem no Switch 2 é superior à do Xbox Series S, especialmente ao dirigir pelas ruas lotadas de Night City, mérito do DLSS, que reconstrói quadros em 1080p a partir de resoluções mais baixas.

Em relação ao Xbox Series S, que também roda o jogo a 30fps no modo qualidade, o Switch 2 mostra que aguenta o tranco. Vídeos do YouTuber Cycu1 mostram que o visual no novo console da Nintendo é mais nítido do que na versão não atualizada do PS4 Pro, com texturas melhores e menos problemas de carregamento de cenário. Claro, ainda está um degrau abaixo do PS5 e do Xbox Series X, mas o resultado é surpreendente para um console portátil.

Comparando com o Steam Deck, que também roda Cyberpunk 2077, mas exige ajustes nos gráficos para manter a estabilidade, o Switch 2 leva vantagem. Segundo o canal Deck Wizard, a performance no Switch 2 é superior, especialmente no modo portátil, chegando a 40fps com qualidade de imagem visivelmente melhor. Para Charles Tremblay, essa é “a forma mais cyberpunk de jogar”, combinando portabilidade sem abrir mão da qualidade.

No fim das contas, Cyberpunk 2077: Ultimate Edition mostra que o Switch 2 veio com força e que, com boas escolhas técnicas, até um dos jogos mais ambiciosos da geração pode brilhar, mesmo longe dos consoles mais poderosos.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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