17 anos depois de Dragon Ball Z: Budokai Tenkaichi 3, Goku e seus amigos estão de volta na nova experiência da Bandai Namco – Dragon Ball Sparking! Zero. E que jogo espetacular, diga-se de passagem. O título traz toda a atmosfera das intensas batalhas vistas no anime com toneladas de personagens disponíveis para os jogadores.
Porém, apenas ter quase 200 lutadores e o ambiente do anime não é o suficiente para agradar todos os fãs. Porém, nisso a Bandai Namco também não desaponta e traz um gameplay eletrizante, grandes desafios e até mesmo a exploração de histórias alternativas às vistas na cronologia oficial.
O impacto de Dragon Ball Sparking! Zero
Dragon Ball Sparking! Zero te surpreende logo de cara por trazer todo um ecossistema familiar aos fãs da franquia. O hub “principal” se move com você, levando Goku e seus amigos para diversas opções diferentes. Torneios? Não tem problema, o nosso herói se teleporta para a frente da arena. Quer pegar as recompensas? Lá vai ele de novo, ao lado de Whis, para bater um papo com Zeno.
Não tem como nenhum fã de DBZ já não se encantar logo de cara com todos estes detalhes e atenção que prestaram aos seus elementos. É possível ver diversos personagens secundários de fundo, se movimentando, conversando e vivendo enquanto contempla apenas um simples “menu”.
Porém, vamos ao que interessa que Dragon Ball Sparking! Zero é mais do que só isso, certo? As batalhas, tanto do Modo História quanto nos versus e nos Torneios são cheias de ação e é quase impossível olhar para o lado durante estas partidas. Um descuido já abre caminho para um golpe que vai te finalizar ou no mínimo colocar o jogador em uma posição delicada do embate.
Neste aspecto, nem tem palavras que descrevam como é a sensação – pois realmente você se sente dentro do clássico anime. O surgimento da forma Oozaru de Vegeta, o embate final de Gohan contra Cell, a invasão de Majin Buu, tudo ganha vida de forma absurda dentro da experiência.
Os cenários são destrutíveis, o que ajuda ainda mais na imersão de Dragon Ball Sparking! Zero. Conforme troca socos, lança um Kamehameha, desvia de uma Genki Dama e tenta vencer a todo custo, é outro deleite aos olhos ver tudo ao seu redor sendo destruído. Magnífico, para dizer o mínimo.
Os embates pelas Esferas do Dragão
Seguindo de forma mais profunda nos confrontos, o combate de Dragon Ball Sparking! Zero segue uma estrutura bem livre. Você pode voar, atacar, se defender, contra-atacar e tentar reunir energia para derrubar seu oponente. A extensão dos mapas é bem extensa e isso não deve gerar qualquer impedimento durante a batalha – que se concentra em derrubar seu inimigo e ponto final.
No PS5 os comandos respondem muito bem, com a inclusão de um formato para os modelos mais atuais – obviamente, para não ocorrer incidentes com o DualSense da mesma forma como víamos no DualShock 2, certo? As combinações também ajudam bastante, seja para usar movimentos especiais ou acionar as transformações.
O que realmente me atrapalhou em Dragon Ball Sparking! Zero foi a câmera. Em diversos momentos ela fica completamente alheia ao combate e isso pode significar uma abismal diferença entre a vitória e a derrota. Se você para em algum ponto atrás de algum objeto do cenário ou até cai dentro da água, pode ficar alerta que isso também te incomodará.
A questão de escala de poderes é delicada, porque não tem uma forma simples de equilibrar mais de 180 personagens dentro de um título. Usar Yamcha, Mr. Satan, Kid Goku, Videl e outros de nível baixo com certeza é um desafio a mais caso você tente emplacar algum confronto contra forças superiores de Dragon Ball Super ou até dos filmes. Não vejo nada de errado nela, mas é bom você estar ciente de que há sim “figuras poderosas” ali.
O desempenho geral não desaponta
Durante a minha experiência, não percebi qualquer tipo de travamento, queda de FPS ou outros problemas que me tirassem a imersão da partida. Goku, Gohan, Vegeta e todos os demais estão em sua melhor forma no PS5 – e isso não é apenas uma figura de linguagem.
Dragon Ball Sparking! Zero não deixou a peteca cair sequer uma vez com vários poderes voando pela tela, personagens sendo jogados a todos os lados, cenário sendo destruído e os sonoros gritos de cada um. Ao menos para mim, isso foi uma grande surpresa.
Carta de amor aos fãs
O que a Bandai Namco fez aqui é uma verdadeira mensagem de carinho e zêlo à toda história da franquia Dragon Ball. Mesmo que tenha adorado Dragon Ball Z Kakarot, me diverti demais com FighterZ e todos os demais que foram lançados nos últimos anos, acredito ser seguro afirmar que esta é a experiência definitiva da franquia.
Até as histórias alternativas, um “What If…” do universo Dragon Ball, são bacanas e mostram toda uma sequência de narrativas interessantes que agregam aos personagens em Dragon Ball Sparking! Zero. Se a saga como a conhecemos já encanta, conhecer o que seria de determinados cenários em diferentes situações enriquece ainda mais o universo.
Caso você ainda esteja em dúvida, Dragon Ball Sparking! Zero é aquele tipo de game que recebe o selo “DEVE SER JOGADO”, seja para quem tem apego aos personagens ou um fã de carteirinha da franquia. A variedade absurda de lutadores, diversos modos, formas de treinamento e até os colecionáveis vão te manter preso por um bom tempo no título.
Falando em colecionáveis, que delícia lembrar dos bons tempos em que poderíamos desbloquear os lutadores extras apenas jogando. Sim, eu sei que teremos DLCs futuras, a Bandai Namco até já revelou o que virá no Season Pass em 2025…mas isso não significa que o próprio game não entregue mais conteúdo do que o esperado.
Enfim, se ainda não jogou Dragon Ball Sparking! Zero, está esperando o quê? Seja no PC, PlayStation 4, PS5 ou no Xbox Series, aqui está o jogo que chega para reinar acima de todos os outros e nos trazer a experiência definitiva das aventuras de Goku.
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Nota: 4/5
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