Pode até parecer que estamos atrasados nessa notícia, mas quando o assunto é engolir um robô controlado remotamente, chegar atrasado ainda vale. Apresentamos o PillBot, o primeiro endoscópio robótico engolível do mundo. Imagine uma endoscopia sem anestesia, sem desconforto e, melhor ainda, sem aquele reflexo de engasgo tão comum nesses exames.
Criado pela startup Endiatx, no Vale do Silício, o PillBot é um robô do tamanho de uma vitamina que funciona como um minissubmarino estomacal. Depois de engolido, ele nada pelo interior do estômago cheio de água e transmite imagens em tempo real para o médico, que pilota o dispositivo à distância usando nada menos que um controle de videogame. Sim, um gastroenterologista pode, literalmente, virar gamer.

A ideia é substituir a endoscopia digestiva alta por algo muito menos invasivo, mais acessível e, por que não, mais moderno. Segundo a própria empresa, cerca de 80% dos exames acabam com a conclusão “está tudo bem”. Ou seja, o PillBot pode poupar tempo, dinheiro e aquele constrangimento típico de vestir um avental hospitalar.
O robozinho já foi apresentado ao vivo em conferências como o TED e o MARS, da Amazon, sendo pilotado dentro do estômago de uma pessoa real. Se tudo correr como o esperado nos testes clínicos, a liberação da FDA (agência reguladora dos EUA) deve vir em 2025, com lançamento comercial previsto para 2026. Já vai se preparando para conhecer essa tecnologia por dentro. Literalmente.

E isso é só o começo. Uma versão com inteligência artificial já está sendo desenvolvida, prometendo transformar o PillBot em um pequeno gênio da detecção precoce, capaz de identificar doenças como câncer gástrico antes mesmo dos sintomas aparecerem. Hoje ele é guiado por um médico, mas amanhã pode se mover sozinho, analisando tudo com precisão.
O futuro da medicina pode muito bem envolver engolir um robô e esperar ele mandar uma mensagem direto do seu estômago para o consultório. Enquanto isso, o PillBot vai abrindo caminho para uma nova geração de exames, mais rápidos, mais confortáveis e, curiosamente, mais conectados do que nunca.
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