O gamer e entusiasta de miniaturas Joseph Hallam passou anos obcecado por um único objetivo: transformar a velocidade futurista de WipEout em algo palpável, que ele pudesse ver e controlar fora da tela. Desde que jogou o clássico de corrida antigravitacional, com suas naves deslizando por pistas iluminadas em neon, Hallam ficou fascinado com a ideia de dar vida àquela experiência. Como fã de longa data de autoramas, especialmente dos modelos Carrera e Scalextric, ele sempre adorou o hobby, mas achava que faltava emoção, nada chegava perto da adrenalina imprevisível de WipEout. Isso mudou quando ele conheceu o Carrera Hybrid.
Foi o ponto de partida para um projeto insano que ele vem desenvolvendo há cerca de um ano. A partir daí, vieram meses de experimentos, erros e muita paciência. O sistema Hybrid eliminou os tradicionais trilhos com fendas, liberando os carrinhos para correrem livremente. As miniaturas, em escala 1:50, funcionam com baterias recarregáveis que duram cerca de meia hora. O controle é feito por aplicativo no celular ou via Bluetooth, bastando inclinar o dispositivo para virar e ajustar a aceleração com toques na tela. O app permite até personalizar o desempenho, como a aderência dos pneus ou o freio, e ainda usa IA para ajudar a corrigir o percurso e evitar saídas de pista, sem tirar o desafio das curvas mais ousadas.
A pista, criada do zero, é um espetáculo à parte. Hallam misturou peças padrão da Carrera com estruturas impressas em 3D, criando rampas, barreiras e os lendários loops de WipEout, onde os carros fazem manobras que desafiam a gravidade. As seções elevadas são sustentadas por hastes de alumínio e molduras de acrílico, enquanto fitas de LED azul percorrem toda a extensão, iluminando o circuito com um brilho elétrico. Luzes brancas piscam nos pontos de aceleração e nas áreas que simulam os power-ups do jogo, completando o visual futurista.
As “naves” de Hallam nasceram de uma adaptação engenhosa. Ele transformou os carros Carrera originais, Porsches, em sua maioria, em réplicas das equipes mais icônicas de WipEout: os modelos prateados da Feisar, os azuis da AG Systems e até o agressivo Piranha. As novas carrocerias, impressas em 3D, abrigam cockpits iluminados e rastros luminosos feitos com fibra óptica. Tudo foi projetado para manter o equilíbrio perfeito entre leveza e estabilidade. Um dos primeiros protótipos chegou a destruir um loop inteiro na primeira volta, mas Hallam corrigiu o problema ajustando o centro de gravidade e adicionando pequenas aletas sob o chassi.
O resultado é digno de um sonho nerd. Os vídeos das corridas mostram quatro naves partindo de um grid iluminado, os motores zunindo enquanto enfrentam curvas inclinadas, mergulhos em túneis de neon e espirais que transformam as luzes em riscos coloridos. Quando há colisões, saem faíscas reais dos pontos de contato, e o aplicativo registra o tempo de volta com precisão milimétrica. Hallam costuma correr sozinho contra a IA, mas também organiza disputas com amigos, e quem tenta cortar caminho fora da pista descobre rapidamente que, no mundo real, as consequências são bem mais duras.
Entre luzes piscando, curvas insanas e o som das mini naves acelerando, Joseph Hallam conseguiu o que parecia impossível: tirar WipEout da tela e transformar o sonho de correr em gravidade zero em uma experiência real, construída com criatividade, tecnologia e pura paixão gamer.
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