Pedro Luraschi, um entusiasta de modificações eletrônicas, apresentou ao mundo o Figment, o primeiro console de jogos com tela E-ink. O dispositivo inovador utiliza uma tela Waveshare de 7,5 polegadas, projetada especificamente para jogos retrô, baseados em texto ou com mecânicas simples. Diferente dos consoles modernos com telas LCD ou OLED de alta velocidade, o Figment aproveita as vantagens da tecnologia E-ink: baixo consumo de energia e conforto visual prolongado, ideal para sessões de jogo sem distrações.
O protótipo mantém um design minimalista, com um D-pad e botões básicos (A/B e controles de menu), reminiscente do clássico Game Boy – perfeito para navegação em menus e jogabilidade simplificada. Atualmente, o console opera com um motor de jogo que combina “livros/jogos” pré-escritos com inteligência artificial para expandir caminhos não definidos pelos desenvolvedores.
Embora as especificações técnicas completas ainda não tenham sido divulgadas, sabe-se que o Figment roda em um microcontrolador ESP32 SoC. A escolha do hardware reflete o propósito do console: oferecer experiências de jogos retrô, indie ou de ritmo lento, como aventuras textuais, quebra-cabeças e jogos por turnos (Sudoku, Campo Minado ou Xadrez), que se adequam perfeitamente à taxa de atualização mais lenta das telas E-ink.
“Atualmente, a jogabilidade principal lembra um livro de ‘escolha sua própria aventura’, com mecânicas leves inspiradas em D&D (decisões + rolagens de dados), mas pretendo explorar outras mecânicas de ritmo lento ou assíncronas que funcionem bem com E-ink”, explicou Pedro.
O Figment representa não apenas uma novidade tecnológica, mas também uma reinterpretação criativa do que um console portátil pode ser – priorizando a simplicidade, a nostalgia e a inovação em jogabilidade adaptada às características únicas da tela de tinta eletrônica.
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