Imagine poder alcançar uma imagem flutuante no ar e movê-la com as mãos, como se fosse um objeto real. Essa é a proposta do FlexiVol, um display volumétrico revolucionário que utiliza um difusor elástico para permitir interação física direta com hologramas 3D.
Diferente das telas volumétricas tradicionais—que projetam imagens tridimensionais sem necessidade de óculos ou headsets, mas usam difusores rígidos, impedindo o contato físico—o FlexiVol traz uma abordagem inédita, combinando visualização imersiva e manipulação tátil.
Para desenvolver o sistema, os pesquisadores testaram diversos materiais até encontrar o equilíbrio perfeito entre flexibilidade, resistência e qualidade visual. Além disso, resolveram um desafio técnico crucial: compensar as distorções causadas pelo difusor elástico, que se deforma ao ser tocado.
Com ajustes algorítmicos inteligentes, as imagens mantêm nitidez e precisão mesmo quando a superfície é pressionada ou esticada, garantindo uma experiência fluida e realista.
Em testes comparativos, usuários interagiram com hologramas tanto no FlexiVol quanto com um controle 3D tradicional (como um mouse espacial). O resultado foi claro: tarefas como selecionar objetos, alinhá-los ou traçar contornos foram executadas com maior velocidade e precisão quando as mãos podiam tocar diretamente as projeções.
A tecnologia abre portas para aplicações criativas, como a criação de animais virtuais interativos ou a modelagem de terrenos em tempo real—tudo com gestos intuitivos, sem necessidade de luvas ou dispositivos intermediários.
O segredo está no difusor dinâmico, que se adapta ao toque, respondendo aos movimentos dos dedos como uma superfície viva. Essa capacidade, somada a algoritmos que corrigem deformações em tempo real, elimina a barreira entre o usuário e o conteúdo digital.
“Telas volumétricas comerciais, como as da Voxon Photonics ou Brightvox, já existem, mas nenhuma permite interação direta—inserir as mãos, pegar e arrastar objetos virtuais. Estamos acostumados a tocar em botões ou deslizar documentos na tela do celular; é algo natural. O FlexiVol estende essa intuitividade para gráficos 3D, aproveitando nossa visão e habilidades motoras tridimensionais”, explica Asier Marzo, pesquisador-chefe do projeto.
Com essa inovação, o FlexiVol não apenas aproxima o futuro dos hologramas interativos, mas também redefine a maneira como nos conectamos com o mundo digital—tornando-o tangível, responsivo e, acima de tudo, humano.
Veja mais sobre tecnologia!
