Você há de concordar comigo que nenhum outro animal cativou tanto a Internet quanto o gato. No entanto, as imagens dos pequenos felinos não se tornaram populares com as mídias sociais; essas representações têm sido um gancho artístico desde a antiguidade.
Os humanos são fascinados por essas criaturas elegantes, independentes e de personalidade forte há aproximadamente 9.500 anos.
Egípcios, chineses, franceses e japoneses já representavam essa admiração através da arte. De pinturas antigas ao design gráfico, provam que os gatos têm roubado a cena por séculos.
Aqui você pode explorar um pouco sobre o papel desses felinos na história da arte, e apreciar os movimentos e gêneros que os representaram.
Gatos na arte: felinos representados muito antes da Internet
Antigo Egito
Ao longo da história da arte, nenhum outro grupo retratou os gatos tão favoravelmente quanto os antigos egípcios. O companheirismo e habilidade de caça dos bichanos exerceram grande influência sobre essa civilização, que os consideravam animais sagrados, e até como deuses. Com isso, sempre os incorporavam em esculturas, pinturas em papiro e decoração de túmulos.
Desenhos e gravuras de gatos foram frequentemente apresentados em sarcófagos e nas paredes que os cercavam. Além disso, por serem considerados membros da família, quando morriam recebiam o mesmo processo de sepultamento dos humanos; eram mumificados e enterrados para que também pudessem passar para a vida após a morte.
Pinturas chinesas
Admirados pelas habilidades de caça semelhante aos leões, e suas contribuições para o controle de pragas, os gatos domesticados foram considerados animais de estimação na China por milhares de anos. Assim, na maioria das artes chinesas, os bichanos são contemplados fazendo o que fazem melhor: caçar pequenos animais e insetos, explorar os arredores, ou se enrolar para tirar uma soneca.
Devido aos seus corpos esguios, silhuetas e contornos arredondados, eles continuam sendo temas favorecidos entre pintores chineses e artistas de caligrafia.
Xilogravuras japonesas
A xilogravura, ou Ukiyo-e (“retratos do mundo flutuante”), é uma das técnicas de arte mais antigas do Japão, executadas com tintas à base de água e talhadas em peças de madeira. Entre os temas recorrentes como a beleza feminina, os felinos também foram frequentemente representados por centenas de anos.
Muitas dessas peças mostram os gatos em simples configurações domésticas. Nessas obras, os animais são destacados, e as cenas são o foco principal. Algumas impressões exploram a relação entre os gatos e seus donos – geralmente belas figuras femininas.
Além dessas impressões representarem o cotidiano dos felinos, também os caracterizam vestidos e se comportando como pessoas. Os bichanos personificados adicionam um toque cômico na arte e na prática de Ukiyo-e.
Pôsteres franceses Fin de siècle
Fin de siècle é uma expressão associada aos artistas franceses, especialmente os simbolistas , e se referem a um movimento cultural europeu, que teve papel importante no nascimento do modernismo.
Os pôsteres que representavam os dançarinos de cancan e cafés, também contemplam os felinos. Com muitos adornos, de panfletos a anúncios de chá, os gatos são retratados constantemente nesses belos pôsteres da Belle Époque.
Semelhante aos retratados nas estampas de Ukyio-e, a graciosidade dos gatos são transmitidos de várias maneiras. Em alguns, são o assunto principal, em outros simplesmente enfatizam sua domesticidade, e meiguice.
Arte Contemporânea
Como o próprio movimento de arte contemporânea, essas representações são ecléticas e diversas. Abrangem todos os tipos de materiais, meios e estilos, e provam que a iconografia do gato não vai acabar tão cedo.