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Halo – Episódio 1 | Crítica: Master Chief em toda sua glória

A Paramount+ finalmente liberou o primeiro episódio de Halo e o início da série não podia ser mais promissor do que apresentaram. Já estou ciente de que muitos fãs dos games não ficaram contentes com os rumos que ela toma, porém como conteúdo audiovisual, esta tem tudo para se tornar uma das melhores adaptações live-action já vistas dos games da Microsoft. Apostando alto, quem sabe se os próximos episódios até elevarão isso? O futuro ainda está incerto.

Em quase 1h de episódio, terá tudo aquilo que o público mais queria do Master Chief e mais um pouco. As cenas de ação mostram toda a sua habilidade com ou sem uma arma em suas mãos, consegue fazer o roteiro avançar sem o uso de muitas palavras (algo que vimos com frequência em O Mandaloriano também) e sabe interagir bem com os distintos núcleos que estamos vendo nas telinhas.

Sendo o espaço um terreno inóspito e sedento por novas aventuras, vamos acompanhar o seriado que levará a marca para lugares que o homem jamais esteve. Garanto para você que, se não assinou o serviço de streaming para assisti-la irá se arrepender, assim como se ainda não tiver resgatado o código oferecido para quem possui o serviço do Xbox Game Pass. Se alguma parte sua é fã desta jornada no material original, garanto que você desejará também assistir o que o seriado tem a oferecer.

Quem está pronto para mais areia no espaço?

Não é o mesmo Halo que você conhece

Começando já com os dois pés na porta, Halo altera drasticamente os eventos que dão início aos games e coloca a dinâmica em um formato completamente distinto. Enquanto no Xbox vimos Master Chief despertando no meio de uma invasão Covenant em sua nave, distribuindo tiros para todos os lados e salvando a tripulação de lá enquanto desvenda segredos ancestrais no espaço, a equipe decidiu seguir por outro caminho.

A UNSC não é uma organização boazinha, como muitos sabem, eliminando diversas figuras pelos planetas através de ações dos Spartans para conquistar territórios e recursos naturais. Começamos a história vendo a situação sob a perspectiva dos oprimidos, pessoas que já foram atacadas pelos ditos heróis e tentam se proteger a todo custo de novas investidas. Porém, tudo muda quando a espécie Covenant está em missão no seu planeta e tenta eliminar de vez a vida por ali.

Não vou entrar em mérito sobre a quantidade de oponentes e da escala menor em combate, pois isso está sendo explicado na própria trama. Os Covenant foram recuperar um artefato no planeta e sua ação sofreu interferência por uma das equipes da UNSC que estava próxima ao local. Não é uma guerra entre as duas espécies, ao menos não ainda. Tudo muda quando o próprio Master Chief toca no desejado item e sua mente começa a ser bagunçada por memórias e sentimentos.

Os Covenant retornam como os principais inimigos, mas não são os únicos

Para quem jogou Halo e conhece a conduta obediente e correta do herói no início da aventura, mal vai reconhecer suas ações por aqui. Misturando um pouco do que vimos nos últimos capítulos de sua jornada, onde o protagonista já não se importa tanto assim com a Ordem e decide seguir seu próprio caminho, essa foi a decisão mais acertada possível para trazer um tom de humanidade maior ao personagem.

Particularmente falando, prefiro isso do que reassistir ao mesmo material que já conheço de cor e salteado. Ainda faltam bastante episódios para vermos as demais espécies de Covenant, seu princípio religioso que deu uma leve acenada no capítulo dessa semana, a chegada dos temíveis Flood e todos os elementos que tornaram a franquia em um imenso sucesso. Vamos com calma que ainda dá tempo de tudo isso vir à tona.

Master Chief está mirando alto em suas apostas

Ainda há tempo para desenvolvimento

Falando um pouco sobre as referências, para mim não teve outra tão legal quanto as cenas de Master Chief em primeira pessoa. Lá demonstra fielmente a interface do game, como a quantidade de munição que ainda carrega, granadas, status do escudo e diversas outras informações bacanas para quem migrou dos controles para a telinha. Inclusive, ver outros spartans em ação com o mesmo recurso também foi maneiro demais e demonstrou uma verdadeira sincronia da equipe.

O problema é, que neste mar de referências e apresentações em Halo, a direção deixa muitas portas abertas para a pouca quantidade de episódios que esta temporada terá. Sim, já há uma segunda confirmada, mas sou crente que uma trama mais fechada naquilo que estão propondo naquele arco uma opção melhor do que atirar para todos os lados até acertar algo de positivo. Para mim isso tirou tempo de presenças necessárias, como a Cortana, que não foi mostrada nesta semana, mas foi citada pelo menos. Nas migalhas chegaremos até ela.

No entanto, a presença de uma personagem inédita pode trazer novos ares da interação entre o herói e os demais. Uma verdadeira rebelde, ela sabe muito bem do que a UNSC e os Covenant são capazes e tenho certeza que será uma grande aliada de Master Chief para vencer os desafios que serão impostos a partir dali. Não creio que nenhum dos lados pegará leve e um verdadeiro confronto colossal está sendo prometido. Mal posso esperar por isso.

A UNSC também esconde alguns mistérios

Ainda é cedo para dizer se ela manterá o nível de qualidade proposto ou se vai acabar afundando nos próximos episódios, porém analisando friamente este primeiro, a hype bateu bem forte. Principalmente agora, qual vimos o lançamento de Halo Infinite na atual geração de consoles e as aventuras do herói estão frescas em nossas memórias. Mesmo alterando pontos centrais de sua trama, também devemos levar em consideração que é uma adaptação e Detetive Pikachu e Sonic atingiram o sucesso ainda com este detalhe.

Com uma fuga em andamento e um grande mistério por trás do artefato que recuperou, Master Chief terá todo o espaço para mostrar exatamente o tipo de história que Halo quer contar. Como telespectador, eu mal posso esperar para acompanhar estes próximos passos.

O seriado está sendo exibido através da Paramount+, todas as quintas-feiras a partir das 5h. Veja mais em Críticas de Séries!

*Este texto é uma colaboração entre o NERDIZMO e o GAMERVIEW

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