Hideo Kojima, conhecido por sua mente inquieta e criativa, decidiu tomar uma atitude digna de roteiro cinematográfico, e que também revela um lado mais vulnerável do lendário criador de jogos.
Em entrevista à revista Edge, o diretor de Death Stranding 2 contou que entregou um pen drive com “todas as suas ideias” para sua assistente pessoal. A intenção? Funcionar como uma espécie de testamento criativo, algo que possa guiar sua equipe caso ele não esteja mais por aqui.
Kojima explicou que se preocupa com o futuro da Kojima Productions depois de sua morte e não quer que o estúdio apenas cuide dos projetos já existentes. Ele gostaria que a empresa continuasse criando coisas novas, dando sequência ao espírito de inovação que sempre o guiou.
Hoje com 60 anos, o japonês revelou que essa reflexão começou durante a pandemia, quando enfrentou uma doença séria que o impediu de criar por um tempo. Foi aí que a percepção de sua própria finitude bateu de verdade.
Até então, ele não se via como alguém velho e acreditava que poderia continuar trabalhando para sempre. Mas ao ver amigos próximos partindo e sentir na pele a fragilidade da vida, ele passou a se perguntar quantos anos ainda teria para criar. Dez? Talvez mais?
Por mais impactante que seja ver alguém tão prolífico admitir esse tipo de temor, o desejo de continuar produzindo permanece intacto. Kojima diz que pretende seguir criando até o fim da vida. Se esse tempo será curto ou longo, não se sabe. Mas o que ele garante é que, quando não estiver mais por aqui, suas ideias estarão seguras, armazenadas em um simples pen drive, pronto para manter sua visão criativa viva.
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