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Homem-Aranha: Um Novo Dia pode adaptar clássico confronto entre o Homem-Aranha e o Justiceiro

A Marvel Studios está prestes a causar impacto com Homem-Aranha: Um Novo Dia (Spider-Man: Brand New Day), trazendo uma adição inesperada e empolgante ao universo do herói: o Justiceiro, interpretado por Jon Bernthal.

A notícia de que o vigilante mais implacável do MCU vai cruzar caminhos com o amigão da vizinhança pegou os fãs de surpresa, e promete gerar uma dinâmica explosiva.

De um lado, temos Frank Castle, um ex-militar que não hesita em usar violência extrema, tortura e armamento pesado para eliminar criminosos. Do outro, Peter Parker, o herói sempre bem-humorado, que ainda precisa mostrar identidade para comprar cola na farmácia.

Essa colisão de personalidades e estilos levanta possibilidades interessantes, mas também desafios: como equilibrar o tom sombrio e adulto do Justiceiro com o universo mais leve e PG-13 do Aranha de Tom Holland?

Essa não seria a primeira vez que os dois dividem uma mesma história. Na verdade, a origem da relação entre eles nos quadrinhos pode servir de referência para o que o novo filme pretende explorar.

Em The Amazing Spider-Man #129, lançado em 1974, Frank Castle fez sua estreia como um antagonista direto de Peter. Manipulado pelo vilão Chacal, o Justiceiro acreditava que o Homem-Aranha havia matado Norman Osborn, e partiu para caçá-lo sem fazer perguntas.

A trama original contrastava os extremos de suas posturas: um soldado implacável contra um jovem herói que reluta em ferir seus inimigos. O conflito não se resolvia apenas com porradaria, mas sim com uma reflexão sobre princípios, moralidade e justiça.

No fim, depois de tiros, socos e desconfiança, os dois terminavam com uma trégua silenciosa, não como aliados, mas com respeito mútuo. É esse tipo de energia que Brand New Day tem a chance de reacender.

No MCU, Peter tem vantagens físicas claras: força aumentada, sentido-aranha, lançadores de teia. Mas Frank Castle não é o tipo de inimigo que se derrota com força bruta.

Ele joga sujo, é incansável e, acima de tudo, não tem nenhum código que o impeça de matar. Isso abre espaço para um embate mais psicológico e moral do que físico, no qual Peter talvez precise proteger criminosos só para impedir Frank de ultrapassar certos limites.

Depois de aventuras mais cósmicas e grandiosas, uma história mais urbana e pé no chão parece ideal para o Aranha. E Brand New Day pode ser esse retorno às ruas, especialmente com os eventos paralelos acontecendo em Demolidor: Renascido (Daredevil: Born Again), onde Wilson Fisk está determinado a acabar com os vigilantes mascarados.

Com o Justiceiro recém-saído da prisão e Peter sendo caçado pela polícia, o confronto parece inevitável.

Circulam rumores, inclusive, de que um especial solo do Justiceiro deve ser lançado antes do novo filme, servindo como introdução para sua volta ao MCU e explicando como ele acaba envolvido no universo do Homem-Aranha.

Se a Marvel souber explorar bem esse encontro, não apenas como um duelo físico, mas como um choque de visões de mundo, Brand New Day pode ser muito mais do que apenas mais uma sequência do Aranha.

Pode marcar o retorno de histórias moralmente complexas que fizeram esses personagens se tornarem tão icônicos desde o início.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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