A dúvida sobre o que acontece depois da morte acompanha a humanidade há séculos. Seja por meio da filosofia ou da ciência, muitas teorias tentam explicar esse mistério.
Chris Langan, um pensador conhecido por seu Modelo Cognitivo-Teórico do Universo (CTMU), acredita que a morte não é o fim, mas uma passagem para outra realidade.
Em uma entrevista ao podcast On the Theories of Everything, ele explicou que a morte pode ser vista como uma mudança na forma de existir.
Segundo Langan, ao morrer, uma pessoa deixa de estar ligada ao seu corpo físico, mas continua sua existência em outra dimensão, voltando ao que ele chama de origem da realidade. Ele também sugere que cada um pode receber um “corpo substituto”, que permitiria continuar vivendo nessa nova condição. No entanto, as memórias da vida terrena poderiam desaparecer, pois o indivíduo estaria em um estado de meditação.
Sua teoria mistura matemática e espiritualidade, tentando provar que conceitos como alma, Deus e vida após a morte são reais.
Mas o que a ciência diz sobre a consciência após a morte?
Estudos científicos já mostraram que o cérebro continua ativo mesmo depois que o coração para. Em 2014, pesquisadores da Universidade de Michigan acompanharam uma paciente que teve uma parada cardíaca e notaram algo surpreendente: o cérebro dela continuou funcionando por alguns minutos.
Os cientistas observaram um grande aumento na atividade cerebral, especialmente nas ondas associadas à memória e à consciência.
Isso pode explicar a sensação de que a vida passa diante dos olhos nos momentos finais.
Além disso, foi identificado um padrão cerebral semelhante ao que ocorre em sonhos lúcidos ou meditação profunda. Essas descobertas podem ser a chave para entender as chamadas experiências de quase-morte, que costumam incluir: ver um túnel de luz, sentir-se flutuando fora do corpo, encontrar seres espirituais ou recordar momentos importantes da vida em segundos.
Afinal, quando alguém está realmente morto?
A descoberta de que o cérebro segue funcionando por um tempo depois que o coração para levanta uma questão difícil: em que momento uma pessoa pode ser considerada morta?
Isso afeta a medicina de diversas formas, como no uso de técnicas de ressuscitação e no debate sobre o fim da vida.
Um estudo de 2019 da Universidade de Yale revelou que células cerebrais de porcos puderam ser parcialmente reativadas mesmo horas após a morte, o que abre novas possibilidades para o futuro da ciência.
Reflexões sobre a vida e a morte
Esses avanços também trazem dilemas éticos: até onde a medicina deve ir para prolongar a vida?
As pessoas deveriam ter mais controle sobre o momento de partir?
Antes um tema evitado, a morte agora é objeto de estudo intenso. Cientistas querem entender por que algumas partes do cérebro continuam ativas por mais tempo e como isso afeta nossa noção de consciência.
Essas pesquisas não apenas aprofundam nosso conhecimento sobre a morte, mas também ajudam a refletir sobre o significado da vida.
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