Ciência Sociedade

Islândia impõe igualdade salarial entre homens e mulheres

No primeiro dia de janeiro, a Islândia celebrou nova vitória de uma luta que mulheres em nível global ainda enfrentam; se tornou o primeiro país a implementar lei que impõe igualdade salarial entre homens e mulheres, a qual torna obrigatório todas as empresas privadas e agências governamentais comprovarem suas políticas de igualdade. Os que não a cumprirem, estão sujeitos a multas.

Isso prova porque o país está entre os mais progressistas do mundo.

A pressão das trabalhadoras islandesas foi fundamental no processo, visto que 90% das mulheres aderiram ao protesto que aconteceu em outubro sobre a causa. Além disso, a nova lei foi aprovada por todos os partidos políticos do Parlamento, no qual 50% dos deputados e funcionários são mulheres.

Em nove anos consecutivos, a ilha nórdica lidera o primeiro lugar no ranking do Fórum Econômico Mundial sobre os países nos quais há mais igualdade de gênero – Noruega, Finlândia, Ruanda e Suécia sucedem as posições.

Thorsteinn Viglundsson, ministro da igualdade e assuntos sociais da Islândia, se posicionou:

“OS DIREITOS IGUAIS SÃO OS DIREITOS HUMANOS. O FOSSO SALARIAL DE GÊNERO É, INFELIZMENTE, UM FATO NO MERCADO DE TRABALHO ISLANDÊS E É HORA DE TOMAR MEDIDAS RADICAIS, TEMOS O CONHECIMENTO E OS PROCESSOS PARA ELIMINÁ-LO”

Os resultados são do Global Gender Gap (Fórum Econômico Mundial), que analisa a evolução da igualdade desde 2006 entre 144 países do mundo, com base em indicadores como oportunidades econômicas e participação política.

Enquanto este assunto está cada vez mais em pauta em todo o mundo e mulheres se impõem diante de seus direitos, o relatório aponta ainda que a desigualdade de gênero voltou a crescer pela primeira vez no mundo, após quase uma década de avanços. Segundo o Fórum Econômico Mundial, caso isso seja mantido, será necessário um século para reduzir a diferença em escala global. O motivo desta queda foi a redução de presença das mulheres na economia e política.

O Brasil ocupa a 90º posição no ranking que, em 2006, chegou ao 67º.

Ainda temos muito que aprender.

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