Cinema

James Wan quer reviver a franquia que iniciou sua carreira, Jogos Mortais, com nova proposta

Vinte anos depois de lançar um dos maiores fenômenos do terror moderno, James Wan está de olho no futuro, e no passado. O diretor, que iniciou sua carreira com o original Jogos Mortais (2004), ao lado de Leigh Whannell, manifestou interesse em retornar de forma mais ativa à franquia que o consagrou. A oportunidade ganhou novo fôlego depois que a Blumhouse adquiriu os direitos da série.

Em entrevista recente ao ScreenRant, Wan admitiu que ainda é “cedo para dar detalhes”, mas não escondeu o entusiasmo. Ele afirmou que encara o desafio com seriedade e quer honrar a essência do que os fãs sempre amaram na saga, ao mesmo tempo que busca conquistar um novo público. “É uma franquia de 20 anos. Acho importante dar uma recomeçada, de certa forma, sem abandonar o mundo que criamos”, comentou.

Wan seguiu envolvido com Jogos Mortais como produtor e contribuidor criativo mesmo após dirigir apenas o primeiro filme. Seu currículo desde então inclui a criação do Universo Invocação do Mal e a direção de blockbusters como Aquaman. Agora, sua possível volta em maior escala coincide com um momento de reinvenção para a série.

O último filme, Jogos Mortais X, lançado em 2023, foi aclamado pela crítica e pelo público, posicionando-se como o melhor avaliado da saga e reacendendo o interesse pelo universo de Jigsaw. A trama, ambientada cronologicamente entre os dois primeiros filmes, deu a John Kramer um último destaque. No entanto, os planos para a sequência direta, Jogos Mortais XI, esbarraram em desentendimentos entre produtores e a Lionsgate no início de 2024.

A dupla de roteiristas veteranos da franquia, Patrick Melton e Marcus Dunstan, chegou a finalizar um draft com temáticas inspiradas em Jogos Mortais 6, abordando corrupção no sistema de saúde, mas o projeto foi retirado do calendário de lançamentos em março.

As declarações de Wan sugerem que, embora aquela versão do próximo filme possa ter sido abandonada, a franquia está longe do fim. Ele sinaliza uma abordagem renovada, que una tradição e inovação, sem perder a identidade moralmente complexa e visceral que marcou a série.

Se Jogos Mortais X mostrou que ainda há fome por esse tipo de horror, o desafio criativo será modernizar a fórmula sem perder a essência. As armadilhas chocantes sempre foram a marca registrada, mas foi a narrativa ética distorcida que deu alma à saga. Se Wan conseguir equilibrar esses elementos com temas atuais, a série pode muito bem viver mais uma década, com sangue, quebra-cabeças e um legado que não será esquecido.

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Jornalista há mais de 20 anos e fundador do NERDIZMO. Foi editor do GamesBrasil, TechGuru, BABOO e já forneceu conteúdo para os principais portais do Brasil, como o UOL, GLOBO, MSN, TERRA, iG e R7. Também foi repórter das revistas MOVIE, EGW e Nintendo World.

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