Kate Fenner, de 18 anos, usa a arte para lidar com a esquizofrenia, uma psicopatologia que afeta seriamente a vida de quem a manifesta.

A jovem foi diagnosticada apenas aos 17, mas diz que desde sempre foi uma artista, e que desenhar a ajuda a lidar com a doença.

Alguns desenhos e pinturas são representações diretas do que ela está vendo ou ouvindo no momento de suas alucinações. Outras, ilustram graves efeitos que a depressão tem sobre a auto-estima.

Kate diz que não é fácil falar abertamente sobre o assunto, porque existe uma grande pressão social sobre pessoas com doenças mentais. E como resultado, essas pessoas têm medo de se abrir para o mundo sobre suas experiências.

Com seus desenhos, ela pretende quebrar esse ciclo, “Eu entendo o risco de tornar público minhas alucinações, mas estou disposta a assumir esses riscos em uma tentativa de normalizar a doença mental (tornando aceitável para falar e inspirar pessoas) e para educar pessoas”.

Jovem usa arte para lidar com a esquizofrenia

Distúrbios psicopatológicos e a criatividade, podem andar lado a lado. É assunto que fascina a humanidade desde a Grécia Antiga. Aristóteles afirmava que nunca houve um grande gênio sem uma dose de insanidade.

Um estudo da PUCRS, baseado em dados da Web of Science, apontou que a vulnerabilidade para esquizofrenia pode manifestar diferentes vantagens criativas, por causa de suas possíveis características perceptuais, cognitivas e de personalidade. Contudo, não é a doença em si que desencadeia essa criatividade artística.

Van Gogh, Tchaikovsky, Tolstoi, Artaud, Byron, e muitos outros loucos eminentes, foram gênios que contribuíram para a construção de nossa cultura e sociedade. Sem eles, o mundo ainda estaria engatinhando.

Siga a Kate no Instagram e acompanhe mais desenhos.

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