Em uma parceria tão inusitada quanto fascinante, a grife de luxo francesa Moynat uniu-se ao artista Kasing Lung, criador do adorado, e um tanto quanto malcomportado, personagem Labubu. E em um vídeo recente da campanha, Lung revelou algo que muitos fãs já suspeitavam: Labubu é muito mais que um personagem. É um pedaço de sua personalidade, um alter-ego artístico que carrega suas próprias histórias, travessuras e resiliência.
Tudo começou em 2015, quando Lung publicou “The Monsters”, uma trilogia de livros ilustrados inspirados no folclore nórdico e no lado mais sombrio dos contos de fada. De seus cadernos de esboço, nasceram criaturas como Labubu, Zimomo e King Mon, que rapidamente transcenderam as páginas para virar bonecos, ícones da cultura pop e, agora, estrelas de uma coleção de luxo.
“Todos os personagens são minha personalidade”, confessa o artista no vídeo. Labubu, com seu sorriso largo, olhos arregalados e orelhas pontudas, é seu projeto de vida – uma representação lúdica e imperfeita de como enxerga a si mesmo e o mundo ao redor.
A coleção da Moynat traduz essa mitologia para o universo do luxo. As criaturas aparecem estampadas na clássica lona M da marca, em bolsas totes, modelos hobo, carteiras e até na minúscula e cobiçada Mignon. Cada peça é uma extensão da narrativa visual de Lung, mantendo viva a essência rebelde e ao mesmo tempo cativante de Labubu.
O sucesso do personagem está justamente em suas imperfeições. O sorriso assimétrico, o olhar penetrante, a aura levemente perturbadora, tudo é proposital. São essas características que tornam Labubu tão humano, tão real e, paradoxalmente, tão encantador.
Para Kasing Lung, a colaboração com a Moynat não é apenas uma oportunidade comercial. É a chance de ver suas criaturas ganharem novos palcos, materiais e significados. É sobre carregar monstros no braço, vestir histórias e lembrar que arte, assim como a personalidade de cada um, pode ser imperfeita, divertida e profundamente significativa.
E assim, Labubu deixa de ser só um boneco. Vira símbolo de como a arte pode habitar o cotidiano, seja numa prateleira, numa bolsa ou no coração de quem coleciona não apenas objetos, mas também emoções.
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