Masquerada: Songs and Shadows

Masquerada: Songs and Shadows não é um jogo para qualquer um. Para quem está acostumado com jogos de mundo aberto, não lineares, cheios de opções e liberdade [como eu], pode ser um pouco difícil adentrar nesta aventura.

Trata-se de um jogo totalmente linear, como se lêssemos um livro e participássemos das batalhas e intrigas que envolvem um rico reinado antigo.

À primeira vista o visual cativa. As cores são vibrantes, os personagens bem construídos e o sistema de batalha é bem prático e fácil. Funciona mais ou menos como Baldur’s Gate, Diablo, só que com a opção de pausar e executar ações de forma pensada.

Toda a ambientação, roteiro e principalmente a trilha sonora envolvem o jogador de uma forma espetacular. Há aquele comichão para querermos saber o que acontece logo depois. E tudo é muito bem escrito, assim como as vozes dos personagens são muito bem narradas.

Muitos vão se sentir incomodados com a linearidade e a total falta de opções. Você simplesmente tem que seguir em frente e ver o que o jogo tem a oferecer. Sem qualquer tipo de escolha ou opção. Levando em conta a enxurrada de jogos de ação, RPG e até de luta mais libertadores dos dias de hoje, isso pode ser um problema para os mal-acostumados. Mesmo assim, quem sabia apreciar os jogos do passado – que eram absolutamente todos muito lineares – este game se mostra uma agradável opção.

Como comecei a jogar ele sem saber absolutamente nada, apenas tomei o conhecimento de seu lançamento e me interessei pelo visual e temática, foi uma excelente surpresa me deparar com uma história tão bem construída.

Não espere um jogo longo e maçante. São cerca de dez horas de aventura, dependendo da intensidade dos combates. Significa que é uma experiência relativamente rápida, mas qualitativamente significante.

Para um jogo que foi financiado pelo Kickstarter, a produtora Witching Hour Studios já pode se sentir orgulhosa ao atingir os fãs oldschool de RPGs.