Após 30 anos de sua morte, o mestre do surrealismo “revive” em projeto intitulado “Dalí Lives” (“Dalí Vive”).
A iniciativa é do Museu Salvador Dalí, que oferece ao visitante um encontro com o artista “em pessoa”, recriado através de inteligência artificial. A partir do mês de abril o artista deve recepcionar e conversar com o público por meio de aparições nas imensas telas espalhadas pelo museu, localizado na Flórida.
.O projeto se baseia em uma ação chamada “Deepfake”, que reuniu milhares de vídeos e entrevistas para recriar, pixel por pixel, a face e expressões faciais do artista. Essa inteligência artificial cria uma “máscara virtual” que sobrepõe o rosto de um ator, que interpreta e reproduz os trejeitos de Dalí.
A versão virtual de Dalí será em tamanho real e vai declarar textos pré-definidos, fazer comentários sobre a arte, suas próprias obras e até assuntos contemporâneos.
“Dalí foi profético em várias formas e entendia sua importância histórica. Ele escreveu ‘Se algum dia eu morrer, mesmo que isso seja improvável, eu espero que as pessoas nos cafés digam ‘Dali morreu, mas não inteiramente'”, disse Hank Hine, o diretor executivo do museu.
“Esta tecnologia permite que os visitantes experimentem sua personalidade maior que a vida em adição ao contato com a coleção de obras sem paralelos que possuímos”, ele completa.
No vídeo abaixo, o artista filosofa de como a vida e a morte são questões relativas.
“Dalí Vive” é uma criação da agência americana Goodby Silverstein & Partners, que recentemente ofereceu uma imersão em realidade virtual dentro do quadro “Gala Contemplating the Mediterranean Sea” de Dalí “, na qual os visitantes podiam se tornar parte da obra.