Nicolas Cage, famoso ator de Hollywood, fez um alerta sério sobre o uso da inteligência artificial no cinema. Ao receber o prêmio de Melhor Ator no Saturn Awards por seu papel em Dream Scenario, Cage afirmou que a IA não pode substituir os atores, pois “robôs não conseguem refletir a condição humana”.
Ele disse que qualquer interferência da IA nas atuações pode acabar tirando a emoção e a verdade do trabalho artístico.
“Se um ator permitir que um robô influencie sua atuação, mesmo que um pouco, esse pouco se tornará muito. A arte perderá sua essência e será dominada apenas por interesses financeiros”, disse Cage.
Para ele, atuar é muito mais do que dizer falas. É sobre transmitir emoções reais e criar conexões humanas, algo que a IA jamais conseguirá fazer.
Ele acredita que a IA transforma a arte em algo mecânico e sem alma. O alerta de Cage vem em um momento em que a indústria do entretenimento discute como lidar com o uso de IA, especialmente após polêmicas sobre vozes geradas por IA em filmes como Emilia Perez e The Brutalist.
“Eu digo: protejam suas expressões autênticas e honestas da interferência da IA”, reforçou.
Cage também está preocupado com o uso da IA para recriar sua imagem digitalmente depois que ele morrer.
Em uma entrevista ao The New Yorker, ele comentou sobre escaneamentos feitos para projetos como Spider-Man Noir e teme que sua imagem possa ser usada sem seu consentimento.
Outros artistas compartilham dessa preocupação. Paul McCartney e Elton John já alertaram sobre os impactos da IA na música, e o cineasta Tim Burton descreveu a arte gerada por IA como “perturbadora”.
Por outro lado, Zack Snyder, diretor de Liga da Justiça, acredita que a IA deve ser abraçada como parte do avanço tecnológico.
Com a presença crescente da IA em Hollywood, as palavras de Cage são um lembrete de que a criatividade deve permanecer humana. Será que a IA é o futuro inevitável do cinema, ou vale a pena lutar para proteger a essência da arte?
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