De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas noruegueses, o mundo está ficando menos inteligente. Após análise de mais de 730 mil avaliações de QI (Quociente de Inteligência), esta foi a conclusão.

O estudo revelou uma redução de 7 pontos de QI de uma geração para outra, sendo que a última geração foi considerada a menos inteligente.

Este fenômeno é uma reversão do chamado Efeito Flynn. Este conceito diz respeito ao aumento constante do índice de acerto nos testes de QI verificado entre a população mundial durante o século XX. A partir de 1900, a humanidade registrava um aumento médio de três pontos de QI a cada década. O efeito foi batizado em homenagem ao cientista James Flynn, que observou esses dados.

Realizada pelo Centro Ragnar Frisch de Pesquisa Econômica, a pesquisa sugere que o ápice do Efeito Flynn foi registrado entre pessoas nascidas no meio da década de 1970. Depois disso, verificou-se um declínio nos índices de QI.

“Esta é a prova mais convincente de uma reversão do efeito Flynn”, disse o psicólogo Stuart Ritchie, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que não participou da pesquisa. “Se você assumir que o modelo deles está correto, os resultados são impressionantes e preocupantes”, completou.

De acordo com o estudo, mudanças no estilo de vida podem ter sido a causa da queda dos índices de QI. O que inclui fatores como o tipo de educação oferecida às crianças de hoje em dia e as atividades exercidas por elas: menos tempo gasto com leitura, redes sociais, etc podem ser citados como exeplos.

Há outro ponto porém. Uma outra possibilidade é que os testes de QI não se adaptaram para quantificar com precisão a inteligência das pessoas modernas. Essas avaliações favoreceriam formas de raciocínio que podem ser menos enfatizadas na educação contemporânea e no estilo de vida dos jovens.

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