Durante o Festival de Veneza, no fim de agosto, Oscar Isaac parecia animado com a ideia de revisitar o universo de Star Wars. O ator declarou estar “mais do que aberto” a interpretar novamente o piloto Poe Dameron, personagem que conquistou os fãs em três filmes da saga entre 2015 e 2019. Mas essa disposição parece ter esfriado nas últimas semanas e o motivo envolve a Disney.
Pouco depois de suas declarações, a empresa voltou ao centro de uma polêmica ao suspender temporariamente o programa Jimmy Kimmel Live!, exibido pela rede ABC, também pertencente ao grupo Disney. A decisão veio após Kimmel fazer comentários sobre o assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, o que gerou reações intensas nas redes sociais.
Em uma entrevista à GQ, Isaac foi direto ao ponto quando questionado novamente sobre seu possível retorno à galáxia muito, muito distante: “Eu estaria aberto, sim. Mas, neste momento, não estou tão aberto a trabalhar com a Disney. Se eles conseguirem se resolver e, você sabe, não sucumbirem ao fascismo, seria ótimo. Aí sim, poderíamos conversar sobre isso ou sobre qualquer outra coisa.”
Segundo a revista, a conversa com o ator aconteceu apenas dois dias depois de a Disney suspender as gravações do programa de Kimmel. O apresentador acabou voltando ao ar quatro dias depois e, em seu retorno, afirmou emocionado que jamais teve a intenção de “fazer piada com o assassinato de um jovem”.
A relação de Isaac com Star Wars sempre foi marcada por altos e baixos. Logo após o fim da trilogia mais recente, em 2020, o ator declarou que provavelmente não voltaria à franquia. Na época, durante um painel promovido pela Deadline, ele afirmou que filmes desse tipo não eram exatamente o que buscava em sua carreira. “O que eu queria era fazer filmes artesanais, trabalhar com pessoas que me inspiram. Talvez eu voltasse se precisasse comprar outra casa”, brincou.
Apesar das farpas e da crítica afiada ao conglomerado Disney, o ator não fechou completamente as portas para o universo criado por George Lucas. Ainda há, em suas palavras, uma brecha, mas ela depende de mudanças que vão além da ficção científica.
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