Paul McCartney, ícone dos Beatles, expressou recentemente sua preocupação com os impactos da inteligência artificial (IA) na música, apesar de ter utilizado a tecnologia para produzir a música “Now and Then”, considerada a última canção inédita dos Beatles.
Após o uso da IA para resgatar vocais antigos de John Lennon, McCartney agora teme que a tecnologia possa “tomar conta” da indústria musical e ameaçar jovens compositores.
Um Chamado para Regulamentação da IA
Em declaração antes do debate no parlamento britânico sobre a inclusão de restrições ao uso de dados artísticos para treinar IA, McCartney alertou para os riscos:
“Precisamos ter cuidado com isso, porque pode simplesmente tomar o controle, e não queremos que isso aconteça, especialmente para os jovens compositores, para quem essa pode ser a única forma de construir uma carreira.”
O cantor enfatizou que, se a IA eliminar essas oportunidades, o impacto será devastador.
IA nos Beatles
Embora a produção de “Now and Then” tenha utilizado IA, o processo foi diferente do que tem causado polêmica. A equipe usou tecnologia de separação de stems para isolar os vocais de John Lennon a partir de uma gravação antiga, proporcionando um som cristalino e emocional.
Ringo Starr, ex-baterista dos Beatles, descreveu o resultado como algo “emocionante e único”, dizendo que foi o mais próximo que chegaram de ter Lennon “de volta na sala”.
IA e Direitos Artísticos
A discussão sobre os direitos de artistas no uso de IA ganha força globalmente. Embora McCartney e Starr não tenham assinado uma petição popular contra o uso não autorizado de obras por IA, nomes como Kate Bush e Robert Smith (The Cure) aderiram ao movimento.
O Reino Unido agora enfrenta a decisão de implementar leis que protejam criadores contra a exploração de suas obras para treinar algoritmos.
O caso de McCartney ilustra um dilema crescente: enquanto a IA abre portas criativas, também levanta questões éticas e legais que podem moldar o futuro da música.
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