As pinturas de William Blake ganharam vida em duas animações encomendadas pelo Tate, o museu nacional do Reino Unido.
Poeta e pintor, ele é considerado um dos mais importantes representantes do Romantismo inglês, tanto na arte quanto na literatura. Suas artes foram relacionadas ao gênero “Pintura Fantástica”, devido aos temas míticos e fantásticos que ele abordava através de cenas de personagens imaginários e cores vivas.
Blake foi influenciado artisticamente por Michelangelo, Rafael e Aldbrecht Dürer. É notável o contorno gótico em suas obras artísticas. Unindo seus dois dons, ele ilustrava várias de suas obras, incorporando pinturas aos poemas.
O escritor inglês viveu entre o final do século 18 e início do século 19, em um período marcado pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial na Inglaterra. Portanto, várias de suas obras também retratam temas religiosos.
Blake faleceu na pobreza, em 1827. Mais de cem anos após sua morte, seu espírito rebelde ganhou força, e ele passou a ser venerado como um herói da contracultura, por ter andado na contramão das convenções, enquanto defendia a igualdade racial e de gênero, a natureza e o amor livre.
Seu trabalho ainda exerce grande influência nos mais diversos campos da arte e da literatura.
Pinturas de William Blake ganham vida em animações
O primeiro filme foi criado pela animadora Sheila Graber, para uma exposição em 1978 no museu. Inspirada pelas obras de Blake, ela desenvolveu uma animação que nos leva a uma viagem de ida e volta do Céu ao Inferno.
Recentemente, o museu concedeu ao diretor Sam Gainsborough acesso a imagens em alta resolução das pinturas originais de Blake, para que ele criasse uma animação que apareceria no trailer de divulgação de outra exposição dedicada ao poeta.
Gainsborough se uniu ao animador Renaldho Pelle e juntos eles criaram um filme que projetou as obras originais de Blake em edifícios em Londres.
O trailer começa com “O Fantasma de uma Pulga” (1819-1980) emergindo das paredes da Broadwick Street, onde Blake nasceu, e depois se afasta, cedendo a tela ao “O Ancião dos Dias” (1794), cujo alcance se espalha como tinta pela fachada de um edifício.
À medida que as imagens se transformam, uma narradora declama o poema “Augúrios da Inocência”, escrito em 1803.
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