Fotografia

Projeto fotográfico documenta os vestígios da segregação racial nos EUA

O projeto fotográfico “Ghosts of Segregation”, idealizado pelo fotógrafo Rich Frishman, investiga os vestígios da segregação racial nos EUA. O objetivo é documentar arquiteturas que fizeram parte deste período histórico, onde locais eram destinados para “pessoas de cor” ou possuíam entradas e separações específicas.

Escolas, entradas de teatro, banheiros, hotéis, estações de ônibus e restaurantes para não brancos e até locais de linchamentos são algumas das construções com histórias segregacionistas que mantiveram suas fachadas ou separações para evidenciar uma ferida histórica ainda pulsante nos EUA.

Como o restaurante Dr. Pepper, fotografado em 2017. No local, uma parede separava os brancos das pessoas de cor.

Projeto fotográfico documenta os vestígios da segregação racial nos EUA

“Esta separação foi construída no início do século 20 para separar pessoas de diferentes raças. É decorado com um logotipo original da Dr. Pepper anterior a 1929. Na época de sua construção (por volta de 1906), apenas clientes caucasianos tinham permissão para sentar na frente do salão. Todos os clientes hispânicos, asiáticos e afro-americanos tiveram que se sentar atrás da parede. Quando o salão foi remodelado e reaberto em 2014, a parede, não mais utilizada para o seu propósito original, foi mantida como um lembrete histórico. O local foi recentemente demolido”, conta o fotógrafo.

Outra foto apresenta uma escadaria para pessoas de cor, ao lado da entrada de um cinema no Texas.

“A porta enigmática no topo da escadaria no lado sul do Texan Theater, há muito tempo trancada e amplamente esquecida, é a “entrada colorida”, um vestígio da segregação da era Jim Crow. Em Kilgore, Texas, o termo “de cor” se estendia a qualquer pessoa que não fosse caucasiana, incluindo hispânicos e asiáticos”, diz Rich.

O projeto também apresenta fotografias do muro da fronteira EUA / México, o Stonewall Inn em Nova York e campos de concentração americanos da Segunda Guerra Mundial, onde 120 mil pessoas, na sua maior parte de etnia japonesa, foram mantidas entre 1942 até 1948.

Acompanhe o projeto através do site oficial.


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