O homônimo quadro “Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte”, do pintor francês Georges Seurat de 1884 foi recriado em 2006 por artistas e voluntários.
A obra prima do pontilhismo mostra um grupo de parisienses desfrutando de uma tarde no rio Sena. Os modelos parisienses reais posaram no mesmo local para recriar um ‘quadro vivo’.
O evento foi promovido pela organização Friends of The Riverfront, com a participação do fotógrafo Mark Preuschl. A chamada para os voluntários foi publicada no jornal local e recebeu a resposta de vários amantes da arte entusiasmados para participar.
Preuschl se certificou de enquadrar o cenário perfeito para a versão moderna. E uma extensa pesquisa foi feita durante a sessão de fotos, devido ao grande número de pessoas necessárias para recriar a cena.
Loren Sass, diretor do Teatro Cívico, colaborou organizando a cena, colocando discos enumerados na grama, para que cada pessoa encontrasse seu lugar perfeito na pintura. Para a versão moderna, eles optaram por roupas contemporâneas, e os guarda-sóis foram substituídos pelos guarda-chuvas.
O fotógrafo ainda teve que lutar contra as forças da natureza para encontrar o clique perfeito. Ele conta que, naquele dia, havia fortes rajadas de vento e o tempo estava nublado.
“O vento ainda estava lá, causando estragos nos dois barcos e guarda-chuvas – invertendo vários guarda-chuvas- enquanto batia a canoa e o veleiro ao longo da costa”, conta Preuschl.
Foi em pouco mais de 20 minutos de um raio de sol que ele encontrou uma boa iluminação e a imagem perfeita.
“Se você olhar para o topo da árvore no centro da fotografia, poderá ver como o vento dobra severamente seus galhos. Encenamos cerca de três combinações de lugares de pessoas e fotografamos novamente, mas a foto que escolhi compartilhar era o quinto quadro que fotografei.”
A imagem começou a viralizar novamente, 14 anos depois, mostrando como a arte é permanente, indelével e atemporal. E Preuschl tem sua própria opinião sobre isso.
“Acho que as pessoas reais – sem fantasias – combinam com o impressionismo da pintura. Grandes artes impressionam com uma mágica que transcende palavras. Grandes fotos congelam um momento que está para sempre além das palavras. Houve ‘mágica’ naquele dia. Eu sei, eu estava lá. Conseguimos capturar o ‘impressionismo mágico’ que ressoa na pintura original, com pessoais reais, em um lugar real e em um momento singular”.
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