O criador conhecido como Sahko surpreendeu no evento OpenSauce ao apresentar um smartwatch, um relógio futurista que parece saído de um filme de ficção científica dos anos 70. A peça artesanal mistura displays de LED âmbar em matriz de pontos, típicos de calculadoras antigas, com uma pulseira feita de circuito impresso flexível, criando um acessório que é ao mesmo tempo retrô e futurista.
O relógio brilha com 15 módulos HCMS2901, formando uma faixa iluminada contínua ao redor do pulso. Além de mostrar as horas, o gadget exibe animações como uma “chuva digital” digna de Matrix. Mas a beleza tem seu preço: cada display custa cerca de 30 dólares e consome bastante energia, exigindo que o dispositivo fique desligado na maior parte do tempo para economizar bateria, assim como os antigos relógios de LED pulsante.

Para mantê-lo compacto, Sahko usou uma bateria de lítio retirada de um vape descartável, que garante leveza mas oferece apenas 30 minutos de autonomia em brilho máximo. Botões discretos na pulseira permitem acender o visor, ajustar a intensidade e alternar entre os modos de exibição. A pulseira é, na verdade, o próprio circuito do relógio, que também incorpora o sistema de recarga. Em vez de fivela, ele usa um conector de 4 pinos que serve para fechar, carregar e até programar o dispositivo.
O cérebro do projeto é um microcontrolador STM32U08 com relógio interno, eficiente e compacto. O software desenvolvido por Sahko, disponível no GitHub, controla tanto a hora quanto os efeitos luminosos. A construção foi uma verdadeira corrida contra o tempo: a placa flexível chegou pouco antes do evento, e o protótipo precisou ser montado às pressas na casa de um amigo em Denver. A soldagem foi delicada devido à fragilidade dos LEDs, exigindo múltiplos reparos durante o fim de semana.
O resultado é mais do que um relógio: é uma peça de arte tecnológica que une nostalgia e experimentação, transformando componentes retrô em um acessório futurista que chama atenção em qualquer lugar.
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