Sir Alexander Morison (1779-1866) foi um médico pioneiro em documentar doenças psiquiátricas até a metade do século XIX.
Ele, como um doutor no asilo de Surrey e no hospital de Bethlehem, se destacou no diagnóstico e tratamento das pessoas que sofrem de doenças mentais. Foi autor de grande importância na área, e escreveu textos cruciais como Esboços de Conferências sobre Doenças Mentais (1826) e Casos de Doença Mental, com Observações Práticas sobre o Tratamento Médico (1828).
Em 1940, Morison lançou um livro ilustrado chamado The Physiognomy of Mental Diseases. Onde ele concentrou retratos desenhados de pessoas que sofriam com doenças da mente.
A publicação concentra algumas das pessoas que passaram por tratamentos em hospitais psiquiátricos da Inglaterra, quando as pessoas realmente chegavam a ser curadas e não taxadas apenas de “possuídas pelo demônio” e largadas a esmo, como aconteceu muito no passado.
O livro, portanto, sugere que a doença mental sempre pode ser identificada através das expressões faciais do paciente – como se houvesse certos atributos físicos universais que definem todos os tipos de doença mental.
A abordagem dele foi reavaliada mais tarde, depois de 1850, quando as fotografias foram consideradas fontes mais confiáveis para documentar as doenças, sob os cliques do fotógrafo e médico Hugh Welch Diamond.
Sir Alexander Morison, no entanto, deixou um trabalho louvável, e muito interessante de se observar. Principalmente porque os desenhos podem retratar algumas expressões com mais destaque, e um pouco exageradas, levando em conta o teor de “caricatura” que cada um pode apresentar.
Confira abaixo alguns dos pacientes que passaram por este processo.
Retratos desenhados de pacientes com doenças mentais nos anos de 1840
Retrato de uma mulher que sofre de erotomania.
Retrato de moça de 20 anos, doente mental.
Paciente sofrendo de “orgulho insano religioso.”
Retrato do paciente idosa que sofre de ninfomania.
Demência crônica.
Paciente EI, “Esta fêmea, que não tinha disposição hereditária de insanidade, foi confiscada com Mania Puerperal três dias após o nascimento de seu primeiro filho…”
Paciente EI, “restaurada à razão”.
J.T.D. 40 anos, “insano”.
Paciente MC, “uma mulher casada, com 27 anos, com uma predisposição hereditária à loucura”.
Retrato de demência.
Monomania e demência.
Anne P. paciente psiquiátrica admitida em no Hospital Belém, sofrendo de “Mania de parto”.
Paciente LD, “47 anos, esta fêmea teve um caráter excelente antes que de se tornar insana”
F.W. paciente psiquiátrico do sexo masculino, sofrendo de mania.
Eliza V. admitiu ao Hospital de Belém, sofrendo de “Mania, complicada com histeria”.
Agnes W. paciente psiquiátrico internado no Surrey Lunatic Asylum.
Anne B. paciente psiquiátrico internado no Hospital de Belém, com quarto ataque de insanidade.
Doente psiquiátrica do sexo feminino, que sofre de panaphobia.
Última fase da paralisia geral.
Insanidade.
Retrato de paciente mental fêmea – curada.
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